Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
20 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Léo Pinheiro chegou a fazer as malas, porque iria sair “naquele dia” ...

    Publicado por Espaço Vital
    há 5 anos

    Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, passou a cumprir prisão domiciliar a partir de terça-feira (17). Ele estava preso desde setembro de 2016 e já foi condenado em cinco ações na Justiça do Paraná relacionadas à Operação Lava Jato. Ultimamente encontrava-se recluso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

    O regime do empreiteiro progrediu devido à homologação da delação premiada. O acordo – que tem 109 anexos - foi fechado em janeiro pela Procuradoria Geral da República e enviado, em setembro, para o STF. O conteúdo ainda está sob sigilo.

    A partir da homologação pelo Supremo, a PGR vai analisar os anexos da delação e poderá pedir a abertura de novas investigações ou a inclusão de depoimentos em inquéritos já abertos.

    Veterano da prisão de Curitiba, Pinheiro levou para a cela o mesmo estilo conciliador que tinha quando era o poderoso líder da OAB. Quando um problema acontecia nas três celas que abrigam os presos da Lava-Jato em Curitiba, ele era o responsável por melhorar o clima. Foi o que ocorreu quando Antonio Palocci se desentendeu com a maioria dos reclusos, por manter sempre ligada uma extensão que poderia comprometer a energia de toda a área.

    Leo interveio, Palocci ouviu em silêncio e desligou a gambiarra.

    Pinheiro gostava da função assumida de contador de histórias. Em determinado dia, após combinação prévia com o doleiro Adir Assad, também recluso, os dois mostraram-se bem humorados e passaram a arrumar as malas porque naquele dia “deixariam a prisão, depois de uma liminar concedida pelo Supremo”.

    As horas foram passando, ninguém se deu conta do blefe até que – na hora da suposta despedida – Pinheiro pilheriou: “Enganamos vocês, hoje é primeiro de abril de 2018, dia da mentira, e também dia dos bobos”.

    Até os policiais federais ficaram sem jeito, por terem acreditado na pilheria – só então se dando conta de que ordem de soltura nenhuma chegara à carceragem.

    Pinheiro costumava também comparar os presos como os galináceos que vão para o forno giratórios das lanchonestes nos fins-de-semana. “A única galinha que escapa do inferno é a que fez delação premiada” – costumava repetir, notadamente quando novos presos chegavam.

    • Publicações23538
    • Seguidores514
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações86
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/leo-pinheiro-chegou-a-fazer-as-malas-porque-iria-sair-naquele-dia/758855692

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)