O sono dos justos
Na última quarta-feira (4) a expectativa reinante no país era de que a Copa do Brasil seria decidida entre os dois grandes clubes do Rio Grande do Sul. Havia considerações de toda a ordem, avaliações de que a tarefa do nosso tradicional adversário era mais amena, facilitada pela sua retrospectiva que inclui a eliminação do Palmeiras e um placar (2x0) mais vantajoso.
O Internacional, além de ter sofrido uma derrota frente ao Flamengo que em muito gerou um certo desânimo, contava com uma vantagem escassa de placar, apenas um gol de vantagem.
Alguns profetas do futebol, afirmavam que o Cruzeiro havia trocado o técnico, contratando Rogério Ceni que, além de ter sido um grande goleiro, seria um motivador inigualável.
Pois bem, veio a noite de quarta-feira, paralisando os gaúchos.
O primeiro enfrentamento às 19h. Inacreditável o que assistimos, pois o que era dado como certo se revelou equivocado. No tempo regulamentar, o resultado indesejável para quem tinha a pretensão de seguir alentando a ideia do Gre-Nal.
Com a definição em pênaltis, veio a tragédia para o rival: eliminação da disputa da Copa do Brasil, incompatível com a insistente qualificação de time copeiro. A partida revelou uma impressionante inferioridade do nosso rival, o que contrariou as previsões mais pessimistas.
Logo depois, um Beira-Rio com 49 mil colorados, todos animados com a preliminar paranaense, mas também apreensivos pelo Cruzeiro que se apresentaria em campo.
O Internacional foi um gigante, sempre embalado pela maior e melhor torcida. Jogadores impecáveis em campo e um ataque cruel. Grande Paolo Guerrero, implacável matador.
O temor anterior à partida era a de que o treinador abdicasse de fustigar o Cruzeiro, preferindo como em outras partidas, uma maior cautela. A melhor técnica preponderou: a melhor forma de não perder é ganhando.
Mas, depois de um sono reparador, depois de acordar e testemunhar as camisetas vermelhas tomando conta das ruas, temos que voltar à realidade, com responsabilidade e humildade. Mais uma vez presenciamos uma lição: arrogância e desconsideração ao adversário, reverte previsões.
Parabéns a todos os que construíram essa grande vitória, tendo a certeza que até a final a condução será precisa e correta!
Eu, apenas um pouco frustrado, pois queria um Gre-Nal e, ao contrário de muitos, não acredito que ele (Gre-Nal), tenha arquitetado preventivamente a “surpreendente” derrota do tradicional adversário.
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