O recado das urnas
Uma eleição não é um fato isolado, descolado da realidade e da vontade; ela volta-se para o futuro e pode ser traduzida como uma ferramenta da esperança.
O Internacional teve tudo para ganhar o Brasileirão, perdeu por detalhe, mas garantiu a sua participação direta na Libertadores da América.
Será uma grande oportunidade para reafirmar aquilo que o torcedor entendeu como satisfatório na atual gestão e, ainda, dar um passo à frente com a conquista de um grande título.
Há um conhecido dito chinês: “Quem perde por pouco, perde por muito”. Ele se aplica como uma luva na nossa passagem pelo Campeonato Brasileiro. Faltou foco, organização e liderança. Deixamos escapar o título que tanto os nossos torcedores almejam.
Nas eleições presidenciais e para o Conselho Deliberativo, a atual gestão colheu uma retumbante vitória. Mais de noventa por cento de votos. A oposição amargou resultados incipientes, tanto para a direção, como para o Conselho.
Mas isso não quer dizer muito. Piffero, anteriormente, deu um vareio de votos parecido no mesmo Marcelo Medeiros em eleições na qual que se dizia que o campeão havia voltado.
Aumentou muitíssimo a responsabilidade do Dr. Medeiros. Chega de colocar fatores subjetivos, ascendência familiar por exemplo, como garantia de algo. Só muito trabalho e criatividade garantem o Internacional. Há déficit nas finanças, jogadores demais e um time com carências.
O números de votos obtidos pela chapa Piffero-Afatato, outrora, foram semelhantes, gerando dois comportamentos extremamente deletérios. Piffero achou que era o “rei do mundo” e a maioria esmagadora no Conselho, permitiu que tudo fosse feito sem contrariar o suposto “soberano” – e assim fomos levados a um desastre sem precedentes.
Espero, com a maior boa fé e coloradismo, que o nosso presidente não saia do pleito enfeitado, sem os pés tocando o chão. Se levitar, se sonhar, se der por consumado que é o messias do Beira Rio, incorrerá no mesmo erro.
Então Dr. Marcelo, seja generoso, realista e busque, como nunca, a unidade das forças coloradas, sem populismo e sem demagogia.
Nós, continuaremos torcendo e auxiliando sem nenhuma pretensão que não a de ver o nosso Inter cada vez maior.
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