Os fisiologistas, as contingências e o ataque de ´Zini Glu Glu´

A ciência exige evidências e muitos testes. Nos Estados Unidos hoje se contesta, por exemplo, a famosa experiência feita em universidade acerca do comportamento dos alunos que torturaram seus colegas, em um ambiente em que uns assumiram o papel de guardas e outros o de prisioneiro. Deu filme. Virou lenda. Virou verdade. Tudo passou a ser explicado a partir da tal “experiência”.

Assim é a tese dos fisiologistas, trazida pela boca de Mano Menezes, de que é cientificamente provado que jogar seis vezes seguidas (quarta-domingo, domingo-quarta, quarta-domingo) provoca, inexoravelmente, lesões nos atletas. Por isso, há que poupar. Virou lenda. Esqueceram de avisar a Europa.

Por aqui só se fala nisso. Como torcedor – e é desse lugar que falo – dou-me o direito de exigir novas evidências científicas. Não acredito em Mano Menezes e nos fisiologistas. Simples assim. E que meu comentário não traga raivinhas de um certo tipo de torcedor ´chapabranquista´ que politiza tudo.

Sim, hoje em dia um torcedor não pode questionar práticas e estratégias. Passa a ser vilão. Isso, por certo, serve para o lado do Inter, que também, quando “necessário” sufraga a tese dos fisiologistas.

Já no Rio de janeiro a tese dos fisiologistas parece que não vai muito bem. O Flamengo tentou domingo e a torcida ficou p... da vida. Voltou atrás e jogou com oito titulares. E ganhou. Do Mano Menezes.

Bom, por aqui a tese foi bem, porque o Grêmio venceu o fraco Vitória. Não poderia ser diferente. Esse time do Vitória é patético. Isso não tira os méritos da postura séria e vigorosa do time do Grêmio. Muito bons desempenhos de Matheusinho, Pepê, Jael. Alvíssaras para o retorno de Everton.

E, vejam: lesões não ocorrem por causa da tese dos fisiologistas. Ocorrem porque são contingências. Aliás, quem se lesionou foi Matheusinho, que não se enquadra no arquétipo da ciência aplaudida pelo cientista Mano.

Evidências são fatos. E o fato é que o Grêmio, descansado, correu menos que o Flamengo naquele 1x1. Por que? Com certeza, não é por causa da tese dos fisiologistas, ditadores do senso comum médico-futebolístico.

O Flamengo, por pressão da torcida, decidiu não abandonar o Brasileirão. Claro: com um olho no peixe, outro no gato. O Grêmio também continua no páreo no Brasileirão. Isso é bom. Sinal de que a tese dos fisiologistas vai até...que o bicho pegue. Simples assim.

Post scriptum

Zini Glu Glu se superando! Atacando de novo!

Já contei aqui no Jus Azul que Zini Pires é como o peru (ops, não é o país do Guerrero e, sim, a ave). Explico: Em uma planície, viviam um urubu e um pavão. Certo dia, o pavão refletiu: “Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, e não consigo mostrar minha beleza. Feliz é o urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.”

O urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore: “Que ave infeliz sou eu! A mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos. Quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele pavão”.

Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante ideia. Pediram para Zeus a sua união: uma ave que voasse e tivesse a graciosidade do pavão. Bingo! Nasceu o peru, que é feio pra caramba e não voa!

Eis o fator Zini Glu Glu. Um pavão que queria ser urubu. E foi transformado em peru. Não é uma coisa, nem outra. Apenas um azul fascinado pelo vermelho, como cunhou Ricardo Wortmann, criador da sigla IVI – Imprensa Vermelha Isenta.

Desta vez, Glu Glu escreveu: “Inter garante um jogador de seleção e a inveja dos gremistas”.

Uau. Isso já é patologia de Zini. Não pode estar falando sério. Ter jogador de seleção – do Peru - causa inveja?

E Geromel? É o quê? Foi ruim essa, Glu (já falo na intimidade). Foi mal, parceiro. E... seleção do Peru? Que caiu na primeira fase? Inveja no Grêmio, tricampeão da América?

É. Pois é. Na ânsia de querer voar, Zini acabou como o peru da lenda.