Quem é a russa que quer punir os torcedores brasileiros acusados de assédio
Ao contrário de que alguns veículos de mídia on-line publicaram ontem (20), a russa Alena Popova não é jurista. A mulher que está instigando o mundo a se manifestar em uma petição on-line - para que os torcedores brasileiros flagrados em um vídeo assediando mulheres de seu país durante a Copa do Mundo sejam responsabilizados - se identifica como ativista social.
Ela exerceu a atividade de jornalista, se diz uma empreendedora e trabalha desde 2014 com a deputada Galina Petrovna Khovanskaya na Duma, a chamada Câmara Baixa do Parlamento da Federação Russa. As informações são da Organização Extra Classe, mantida pelo Sinpro-RS (Sindicato dos Professor Privados no Rio Grande do Sul) e que se propõe realizar “um jornalismo além da superfície”.
Alena se diz chocada com as imagens que repercutiram nas redes sociais, causando revolta entre personalidades e internautas. A petição foi endereçada ao Ministério do Interior da Rússia e à Embaixada do Brasil no país.
Para Alena, a lei russa permite várias opções para penalizar alguém que agride publicamente a honra e a dignidade de outra pessoa. No caso dos brasileiros, a ativista acrescenta que eles não humilharam apenas a mulher que aparece no vídeo, como também todas as mulheres da Rússia. “No começo um dos homens acrescenta a palavra ´russos´”, declara.
Na descrição dos ´considerandos´ em que sustenta o abaixo-assinado, a ativista informa: “Os cidadãos estrangeiros em vídeo podem ser responsabilizados por cometer um delito nos termos da Parte 1 do artigo 5.61 do Código da Federação Russa sobre Infracções Administrativas”.
Desde 2013, Alena Popova ainda está à frente do projeto Mulheres Protegidas. “Dentro da minha luta contra a desigualdade de gênero eu me concentro no combate à violência doméstica que acontece em cada quatro famílias russas”. Segundo Alena é o problema mais crítico, “já que não só causa danos físicos, mas também psicológicos, influenciando assim a vida futura de uma mulher”, pontua.
Ela diz que está trabalhando o projeto no Legislativo para instituir uma lei contra a violência doméstica e, paliativamente, ajudando as mulheres vítimas na procura de alojamento temporário e prestando auxílio jurídico.
Para mais detalhes, leia a matéria assinada pelo jornalista Marcelo Barreto, diretamente na origem.
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