Senhora advogada, procure um advogado!...
Uma advogada defende, na tribuna do TJ, uma pretensão recursal absolutamente implausível. A qualidade da sustentação oral dela é ainda pior do que a tese. Por essas e outras, perde à unanimidade.
A advogada fica sem graça, levanta, vai em direção à cadeira em que está sentado o presidente da câmara e sussurra alguma coisa ao ouvido do magistrado. Este é reconhecido por ser erudito, mas sempre extremamente crítico e cáustico.
O presidente cochicha de volta – sem esconder um sorriso irônico - e a jovem advogada sai, estonteada, errando as portas.
A câmara faz um intervalo de cinco minutos, ocasião em que o desembargador revisor pergunta ao presidente o que ele e a advogada haviam recém falado. Reproduz, então, o diálogo havido pouco antes.
- E agora, doutor, o que é que eu faço?
E ele:
- Sugiro que a senhora procure um advogado...
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