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26 de Abril de 2024
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    Arrasado o Tribunal de Contas do Amapá!

    Publicado por Espaço Vital
    há 12 anos

    Em sessão extraordinária na segunda-feira (23), a Corte Especial do STJ afastou do cargo cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá e cinco servidores da instituição. Eles são suspeitos de desviar R$ 100 milhões da corte de contas.

    Os conselheiros afastados são Regildo Wanderley Salomão (presidente), Manoel Antônio Dias (corregedor), José Júlio Miranda Coelho, Margarete Salomão de Santana Ferreira e Amiraldo da Silva Favacho.

    José Júlio Coelho, ex-presidente do Tribunal de Contas, chegou a ser preso e havia sido afastado do cargo, por decisão da Corte Especial, pelo prazo de 360 dias. Além de pedir a prorrogação desse afastamento, o Ministério Público requereu a aplicação da mesma medida a outros nove conselheiros e servidores acusados dos mesmos crimes.

    Segundo o MP-AP, o desvio de dinheiro público era feito por meio de emissão de cheques e saques da conta do tribunal diretamente na boca do caixa. Além disso, havia pagamentos a funcionários fantasmas. A nova denúncia está prestes a ser apresentada ao STJ.

    O relator, ministro João Otávio de Noronha, considerou que o caso descoberto por uma grande operação da Polícia Federal "é extremamente grave, envolve quantias expressivas e revela uma peculiar situação de desmandos no Amapá". Ele deferiu os afastamentos remunerados até a análise da denúncia e proibiu a entrada dos acusados no Tribunal de Contas para que eles não comprometam a instrução processual.

    O ministro Teori Albino Zavascki votou pelo afastamento do ex-presidente, mas rejeitou a aplicação da medida aos demais. Ele foi contra o que chamou de generalização de afastamentos por tempo indeterminado antes do recebimento da denúncia e ficou parcialmente vencido.

    Para o ministro Castro Meira, o caso apresenta os requisitos necessários para adoção da cautelar. Segundo o ministro Massami Uyeda, nessa situação é mais prudente afastar os envolvidos. Eles seguiram o relator, bem como os ministros Humberto Martins, Maria Thereza de Assis Moura, Felix Fischer, Nancy Andrighi e Laurita Vaz. Como decisão sobre afastamento exige voto de dois terços do colegiado, o presidente da Corte, ministro Ari Pargendler, também votou, acompanhando o relator.

    O ministro Cesar Asfor Rocha ficou vencido. Para ele, o afastamento cautelar tem como objetivo evitar interferências dos investigados na coleta de provas e apuração dos fatos, fase superada, segundo seu entendimento. Ele também foi contra a proibição de entrada dos acusados no seu local de trabalho.

    Dos sete conselheiros do TCE-AP, apenas dois permanecem no exercício de suas funções: os vice-presidentes Maria Elizabeth Cavalcante de Azevedo Picanço e Ricardo Soares Pereira de Souza.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/arrasado-o-tribunal-de-contas-do-amapa/3096601

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