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20 de Abril de 2024
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    O Estado de S. Paulo - Decisão judicial pode beneficiar 130 mil aposentadosINSS terá de recalcular benefícios de quem se aposentou antes de emendas que mudaram teto do RGPS.

    Publicado por Espaço Vital
    há 13 anos

    Marcela Gonsalves Colaborou Edna Simão

    A Justiça determinou ontem que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faça o recálculo dos benefícios recebidos pelas pessoas que se aposentaram ou passaram a receber benefícios previdenciários antes da edição das emendas constitucionais 20/98 e 41/03. As duas medidas modificaram os tetos do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), sem que os valores fossem incorporados às aposentadorias e pensões de quem já as recebia.

    Deverão ser atendidas cerca de 130 mil pessoas. A ação foi proposta no início do mês pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal em São Paulo, para evitar que beneficiários do INSS fossem obrigados a mover individualmente ações na Justiça para obter a correção.

    "O que esperamos, agora, é que o INSS cumpra a decisão judicial, pois temos visto vários outros casos em que o órgão vem descumprindo ordens judiciais sem nenhuma justificativa", afirmou o procurador Jefferson Aparecido Dias, autor da ação.

    A decisão é válida para todo o território nacional e deve ser cumprida em no máximo 90 dias, sob pena de multa de R$ 500 mil para cada dia de descumprimento.

    Em setembro do ano passado, o STF determinou que o governo repassasse a diferença para o

    beneficiário que entrou com a ação, mas estendeu a decisão para todos os aposentados prejudicados. O INSS, no entanto, ainda não cumpriu a determinação.

    Quando entrou com a ação, no início de maio, Jefferson Dias disse que objetivo da medida era estabelecer um prazo para ressarcimento do aposentado. "Queremos a definição de um prazo pelo menos para atualização das aposentadorias pagas mensalmente", afirmou.

    Na avaliação da Justiça, o pagamento do atrasado, por conta das restrições de orçamento do governo, poderia ser negociado com os "prejudicados". Para o procurador, apenas o recálculo do benefício poderá impedir uma avalanche de ações e consequentemente um prejuízo ao INSS de R$ 600 milhões com os custos de ações individuais, já que a matéria já foi apreciada pelo STF e a decisão deve ser seguida por instâncias inferiores.

    Corte - A demora no recálculo dos valores das aposentadorias, que deve custar R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos, é reflexo do corte de R$ 50 bilhões do Orçamento público deste ano. "A postura do INSS de não recolher administrativamente a extensão da decisão proferida pelo STF, apesar de permitir a protelação do pagamento, representará um grande acréscimo na conta total a ser paga", afirmou o procurador.

    Correção - R$ 1,5 bilhão é quanto deve custar aos cofres públicos o pagamento referente ao recálculo dos valores das aposentadorias.

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