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20 de Abril de 2024
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    Em segredo de justiça

    Publicado por Espaço Vital
    há 13 anos

    O distinto operador do Direito tinha uma esposa que era uma santa. De profissão lides domésticas, ela praticava o combate de Eros como uma percanta do tipo fixo eventual.

    Como a atividade do marido permitia que ele não ficasse a tarde toda no gabinete de trabalho, o douto seguidamente usava o horário vespertino para praticar o nobre esporte dos leitos. Era como diziam seus colegas um homem solteiro, à tarde, mas rigorosamente casado à noite...

    Certa tarde hibernal, ele pegou a namorada e foi a um dos recém inaugurados motéis do bairro Cavalhada. Quando ia estacionar, levou um choque: no box ao lado, fechado por uma provisória (e semi-arriada) cortina de plástico, ele percebeu a traseira de um Vectra.

    Abaixou-se, espiou, e zás...que decepção!... era o automóvel da sua digníssima consorte. Placa, cor, tudo conferia.

    O operador do Direito explicou o impacto causador da perda de libido - à namorada e partiu levando-a de volta à cidade de 30 mil habitantes na região metropolitana.

    Retornado à capital cerca de 40 minutos depois, estacionou à beira do rio e ficou matutando: mato ela, mato os dois, me suicido?... - aquele dilemas clássicos que afligem o homem enganado.

    Tomou, então, uma decisão. Voltou ao local de trabalho, esperou anoitecer e foi para casa.

    A mulher estava sentada na frente da tevê, assistindo o Datena e sem ficar vermelha ou sem graça - recebeu o marido com um comentário sobre os dramas retratados no programa de tevê...

    - Como tem gente infeliz por este mundo afora!...

    O operador do Direito questionou com autoridade típica:

    - Onde é que foste hoje de tarde?

    A santa nem mesmo levantou a cabeça e manteve o olhar fixo no televisor.

    - Fiquei em casa. Fazendo tricô, comendo pipoca para enfrentar o frio, vendo televisão...- É? E teu carro, por acaso também ficou na garagem, trocando óleo, coisa assim?

    Então, ela pegou o controle remoto, mudou de canal, e com a mesma cara de inocência, respondeu:

    - Não fica brabo, meu bem. É que tua mãe me pediu o Vectra emprestado, ela precisava dar umas voltas...

    Poucas semanas depois ingressou no foro a separação judicial do casal. Consensual, mas em segredo de justiça.

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/em-segredo-de-justica/2576515

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