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20 de Abril de 2024
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    Médico porto-alegrense preso em flagrante em clínica de aborto

    Publicado por Espaço Vital
    há 16 anos

    Agentes da Força-Tarefa da Promotoria Especializada Criminal estouraram ontem (17) uma clínica de aborto clandestina instalada na sala 91 do edifício nº 323 na rua Dr. Flores, no centro de Porto Alegre. Foram detidos em flagrante o médico ginecologista Clóvis Rodrigues Madruga e duas funcionárias.

    Uma mulher de 44 anos, que estava sedada por estar no meio de um procedimento, foi levada sob custódia para o Hospital Presidente Vargas. O marido, de mesma idade, foi ouvido na Área Judiciária da Polícia Civil como testemunha. Foi descoberto, ainda, que o médico tinha uma rota de fuga para o prédio ao lado, através de uma escada.

    O cumprimento do mandado de busca e apreensão deferido pela Justiça ocorreu às 11h e causou curiosidade no centro de Porto Alegre. Os agentes chegaram ao local após duas semanas de apurações desencadeadas depois de uma denúncia anônima. Quando entraram na clínica o médico estava numa sala e a paciente em outra, que servia para procedimentos. A mulher, uma funcionária pública estadual, se encontrava sedada. No piso, vaso sanitário e em equipamentos cirúrgicos, havia manchas de sangue. Uma ambulância da SAMU foi acionada para conduzi-la ao hospital.

    O marido da paciente, um analista de sistemas, esperava na ante-sala e ficou supreso com a ação, assim como as funcionárias Fabiola Trajano e Vera Terezinha dos Santos. O médico Madruga, que já teve consultório na rua Vigário José Inácio, foi algemado na hora. Ele responde a processos pelos crimes de aborto e tentativa de aborto na Vara do Júri da Capital. O médico e suas assistentes foram encaminhados à Polícia para serem autuados em flagrante.

    O promotor João Nunes revelou que dois agentes da Força-Tarefa se passaram por um casal interessado na prática. Além disso, foi feita a interceptação telefônica de aparelhos da clínica, inclusive um celular. As funcionárias atendiam clientes através de senhas. Para fazer um procedimento, por exemplo, a palavra chave de comunicação era “exame”. O aborto em uma grávida de dois meses custava R$ 2 mil e de um mês R$ 1 mil.

    Além de uma ante-sala e sala de procedimentos, a clínica tinha banheiros, cozinha, um quarto usado pelo médico e uma sala de recuperação. Muito medicamento foi apreendido pelos agentes, assim como prontuários, e, em dinheiro, R$ 11,1 mil e 1.091 dólares.

    Segundo o Ministério Público do RS, o médico Clóvis Madruga chegou a oferecer todo o dinheiro aos policiais; ele também recebeu voz de prisão por tentativa de corrupção ativa. (Com informações do MP-RS).

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