O peso dos pintos
O TST confirmou para uma trabalhadora que fazia a classificação de pintos em ambiente considerado de alto risco ergonômico, o direito de receber pensão vitalícia no percentual de 30% de seu último salário.
A empregada levantava caixas cheias de aves que pesavam cerca de sete quilos cada, diversas vezes ao dia, e fazia a classificação de 2.800 pintos por hora.
A trabalhadora foi contratada pela Doux Frangosul S.A., em 1998, na unidade de Bento Gonçalves (RS) tendo como função separar os pintos por sexo, limpá-los com produtos químicos e vaciná-los.
Para as tarefas, ficava de pé em frente a uma mesa, aguardando a chegada das caixas com as aves, que corriam sobre uma esteira.
As caixas eram levantadas da esteira e transportadas manualmente para a mesa de classificação, rotina que levava a empregada a forçar os pulsos, braços, pernas e
costas.
Com os movimentos repetitivos, ela contraiu tendinites, bursites, síndrome do túnel do carpo e hérnias discais que a tornarem inválida para o trabalho.
O advogado Giovani Papini atuou em nome da trabalhadora. (RR-nº 61700-79.2008.5.04.0512).
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