Sexo na Casa Branca
Bem antes do escândalo envolvendo a estagiária Monica Lewinski e o presidente Bill Clinton, em 1998, os seguranças do governo já sabiam de seus encontros furtivos. Criaram até um tipo de aposta dominical: quanto tempo Clinton levaria para ir da área residencial da Casa Branca até a ala oeste onde ficam as salas de despachos isso era cronometrado após a chegada de Monica, sempre aos domingos.
A intimidade entre o presidente e a estagiária se mostrava tão evidente que o vice-chefe do Estado-Maior, Harold Ickes, uma vez se juntou a um oficial do serviço secreto e resolveu fazer uma surpresa a Clinton. Bateu na porta (chaveada) do Salão Oval gritando: Senhor presidente! Senhor presidente! Um problema!
Clinton saiu correndo e levantando as calças por uma porta, enquanto Monica desaparecia pela outra.
O episódio está contado no livro Sexo na Casa Branca, de autoria do historiador David Eisenbach e de Larry Flint, editor da revista pornográfica Hustler. A dupla narra em detalhes a intimidade de chefes de Estado, primeiras-damas e outros bem chegados, num mapeamento que surpreende pela credibilidade das fontes.
O monicagate é um dos casos mais recentes, mas o entra e sai de amantes na sede do governo vem de longe. Durante o governo de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), segundo o livro, o prédio serviu de residência para duas mulheres sem nenhuma ligação com a família: Marguerite LeHand e Lorena Hickok. A primeira saltou de secretária a primeira-dama informal", prestando ainda serviços de enfermeira. Na época Roosevelt não conseguia andar devido a uma poliomielite.
A outra convidada era uma jornalista com passagem pelo jornal "The New York Times, que manteve por 30 anos um romance com Eleonor, a mulher do presidente.
A forma como o staff governamental tratava esse amor informal, mudava de acordo com o presidente, em um cerimonial de regras elásticas. Nos tempos de John Kennedy (1961-1963) - que sentia enxaquecas caso não fizesse sexo diariamente, e com uma mulher diferente -, duas funcionárias ficaram conhecidas pelos codinomes Conversa e Fiada.
Jacqueline Kennedy sabia dessas e de outras conquistas, mas só se sentiu humilhada quando sua irmã Lee contou a ela sobre as escapadas do marido com a atriz Marilyn Monroe.
Jackie retribuiu na mesma moeda: viajou para a Itália e passou um mês visitando o empresário Gianni Agnelli, dono da Fiat. (Editora Gutenberg, 300 páginas, preço sugerido de R$ 39,90).
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