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18 de Abril de 2024
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    Acórdão do TJ-SC mistura dano moral com um trabalho universitário

    Publicado por Espaço Vital
    há 14 anos

    Curioso trabalho de uma faculdade consta no saite do Tribunal de Justiça de Santa Catarina: no meio de um acórdão judicial, proferido numa apelação que avalia a ocorrência de dano moral, há uma longa digressão sobre "testes psicológicos que devem ser usados para o procedimento de seleção de um time".

    Gafe de Internet - decorrência do frequenta "copia/recorta & cola" - o fato precisa ser avaliado, também por outro aspecto: se o operador cometeu um simples equívoco, ou se usava seu horário de expediente para atividades universitárias paralelas.

    O "fênômeno" foi revelado, ontem (17) à noite no Blog do Tony, mantido pelo advogado Tony Luiz Ramos, 34 de idade, que trabalha na cidade catarinense de São João Batista.

    Na figura adiante consta o visual de uma das páginas do TJ catarinense.

    O resto são questões de pensamento crítico inteiramente alheias ao mundo do Direito.

    Contraponto

    O editor solicitou hoje cedo a manifestação do TJ-SC. Sem tempo para incluir nesta edição, até o fechamento - a possível resposta será publicada na edição de amanhã (19).

    Veja o acórdão - tal como está publicado

    Jurisprudência do Tribunal de Justiça

    Dados do acórdão

    Classe:Apelação Cível

    Processo:

    Relator:Jaime Luiz Vicari

    Data:02/03/2010

    Apelação Cível n. , de Barra Velha

    Relator: Des. Subst. Jaime Luiz Vicari

    APELAÇÃO CÍVEL - ARTIGO 54 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA - COMPETÊNCIA INTERNA CORPORIS - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - MESMOS FATOS JÁ JULGADOS PELA PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO CIVIL - PREVENÇÃO - REMESSA DOS AUTOS A AQUELE ÓRGÃO FRACIONÁRIO COM DEVOLUÇÃO ORDENADA PELO RELATOR - SUSPENSÃO DO JULGAMENTO DO RECURSO - CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA SUSCITADO.

    "A competência por prevenção de que trata o artigo 54 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Santa Catarina deve ser compreendida como meio de conferir tanto segurança jurídica quanto praticidade aos julgamentos, ao passo em que prevê, como regra, a apreciação dos recursos posteriores por quem já examinou, em algum sentido, o caso sub judice".

    "Essa orientação deve prevalecer tanto para os recursos da fase de execução, por expressa previsão regimental, quanto das ações conexas, ainda que já julgadas, conforme orientação assente desta Corte, haja vista persistir em todas essas situações, a razão de praticidade que também orienta o instituto (Ap. Civ. n. 2008.Questões de Pensamento Crítico

    1. Os testes psicológicos devem ser usados para o procedimento de seleção de um time? Explique sua resposta.

    A avaliação psicológica é uma função específica e privativa do Psicólogo e refere-se à obtenção, análise e interpretação de informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitem ao psicólogo avaliar um comportamento, aplicando-se ao estudo de casos individuais ou de grupos.

    Certamente pode-se usar testes psicológicos visando avaliar aptidão de pessoa na seleção de um time, detectando candidatos com aptidões e atitudes adequadas para o exercício a que se propõem, de forma que o perfil psicológico, as habilidades específicas e as atitudes venham ao encontro ao" perfil "traçado para aquela tarefa.

    Acontece que o aludido exame psicotécnico, mesmo aplicado por profissional habilitado e com conhecimento, garante a indicação (ou contra-indicação) do atleta para" o momento "no qual é administrado o teste e portanto pode não representar a verdadeira realidade.

    Não bastasse essa momentaneidade do exame, que à toda evidência o fragiliza, também outras variáveis interferem na eficácia da aplicação do exame psicotécnico como o uso inadequado dos instrumentos, existência de instrumentos comercializados desatualizados e sem embasamento e o uso exclusivamente técnico de instrumentos sem uma atitude crítico-reflexiva fundamentada teórica e cientificamente, entre outros.

    Nesse contexto, à toda evidência, é de se admitir a aplicação de exame psicotécnico para seleção de um time, por profissional habilitado e com conhecimento da matéria, desde que aplicado em momentos sucessivos e num maior número possível, minimizando-se, assim, possíveis erros de interpretação ao longo dos vários testes e situações que porventura demonstrem inadaptação à atividade típica avaliada.

    2. Qual o seu papel no entendimento da personalidade? Em que situações você poderia considerar o uso de testes de personalidade? Discuta outras formas de avaliar as personalidades dos participantes.

    R: Quando se tem entendimento da personalidade da pessoa ao aplicá-lo em situações esportivas e de exercício certamente melhor entenderemos a ação/reação dos indivíduos.

    Como professor de educação física poderemos ser mais efetivos quando entendermos os diferentes níveis de estrutura da personalidade, facilitando conhecer a" pessoa real "envolvida.

    Ocasiões em que o indivíduo apresenta ações/reações desfavoráveis ao exercício envolvido (falta de capacidade por atribuições, falta de esforço, impotência aprendida, entre outras) temos o poder/dever de considerar o uso de testes de personalidade (aplicado por profissional habilitado).. Por outro lado, analisando (sendo um bom observador) e avaliando o comportamento do indivíduo também nos ajudará a entender os traços e os estados da personalidade. Da mesma forma sendo um bom comunicador/ouvinte e conhecendo e aplicando em programas estratégias mentais selecionadas e que facilitam a aprendizagem e o desempenho das habilidades físicas, certamente beneficiará a personalidade de um indivíduo.

    Capítulo 3 ¿ Motivação

    Questões de pensamento crítico

    1. Liste pelo menos três formas de entender melhor os motivos de uma pessoa para envolvimento em esportes e uma atividade física.

    R: Fatores pessoais, situacionais e a interação entre eles, influenciam a motivação.

    Assim, como aspecto pessoal (personalidade) devemos considerar a necessidade de realização da pessoa (alta ou baixa), o estágio em que se encontra no desenvolvimento da motivação, foco do indivíduo no orgulho de ganhar ou na vergonha de perder, entendendo o que o sucesso e o fracasso significam para ele e como fator situacional verificar o ambiente social em que vive a pessoa, entre outros.

    2. Crie um programa para eliminar impotência aprendida em participantes. Não deixe de indicar como você incentivaria um clima motivacional adequado.

    R: Devemos considerar como variáveis para eliminar a impotência aprendida (desenvolver a motivação) o fator situacional quanto o pessoal. Nesse sentido procurar entender o motivo que ensejou a pessoa participar do esporte (considerando que o motivo também muda com o tempo), estruturar e procurar melhorar o ambiente de ensino e treinamento que venha satisfazer as necessidades de todos os participantes; fazer ajuste individual dentro do grupo após elaboração e aplicação de questionário individual visando conhecer melhor os diversos motivos da impotência aprendida verificada ; como líder, reconhecer que sua" atitude "é essencial e influencia, direta ou indiretamente, a motivação dos participantes; orientar os participantes à tarefa e não uma orientação ao resultado, certamente eliminará impotência aprendida, protegendo a pessoa contra desapontamentos, frustrações e seu desempenho.

    Em se tratando de crianças, deve-se enfatizar no programa que a criança não é um adulto e portanto o esporte deve ser organizado para ela e não para satisfação do adulto. Independentemente de seu potencial, elas devem percorrer determinadas fases no processo de formação esportiva. Nesse contexto, procurar desenvolver inicialmente habilidades e capacidades motoras básicas para só depois preocupar-se com formação ou especialização específica (treinamento físico, técnico e tático).

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 4 ¿ Ativação, estresse e ansiedade

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Como você pode adaptar estratégias de treinamento para indivíduos que estejam tentando lidar com estresse e ansiedade? (Dê um exemplo).

    R: Sabe-se que ansiedade e o estresse podem interferir de forma significativa no rendimento esportivo dos atletas, ou seja, na capacidade das pessoas de emitir condutas condizentes com o seu meio ambiente. Assim, é de extrema importância que o atleta tenha domínio de seu aspecto psicológico, do mesmo modo que detém a técnica, a tática e o seu preparo físico.

    Nesse contexto, devemos ajudar o indivíduo a controlar a ansiedade e o estresse conversando com ele, fazendo-lhe crer (confiar) na sua capacidade de desempenho, criando um ambiente positivo, mesmo em situações de erros, derrotas e contratempos (oferecendo orientação positiva), para que a pessoa aprenda a lidar com a sua ansiedade e tensão, reconhecendo e mudando pensamentos negativos.

    Exemplificando podemos ensiná-lo a regular sua respiração e/ou fazer relaxamento, utilizando e ensinando técnicas para reduzir o nível de estresse emocional e de ansiedade, e até como preparo" pré-psicológico "poderemos antecipadamente simular situações em que a pessoa vivencia momentos de intensão tensão para que se acostume a lidar com a sua ansiedade.

    2. Discuta três implicações para a prática profissional que você deduziu das teorias e dos dados científicos neste capítulo.

    R: É de se concluir que, indubitavelmente, ocorre interferência da ansiedade e do estresse no desempenho dos atletas, sendo necessário controlar e direcionar este" estado psicológico "para um nível que potencialize a" performance "do indivíduo. Nesse contexto, deve existir por parte do educador uma preocupação grande em relação ao estado psicológico dos atletas na nossa prática profissional, haja vista que o desempenho no exercício físico não engloba somente os fatores fisiológicos e a técnica, mas, sobretudo, os aspectos emocionais, vindo estes, inclusive, afetar de maneira significativa o desempenho físico. Por isso necessitamos identificar a combinação ideal das emoções envolvidas na ativação, bem como o modo como fatores pessoais e situacionais interagem, para" equacionar "a melhor estratégia a ser desenvolvida.

    Assim, as causas e os efeitos dos processos psíquicos que acometem o indivíduo antes, durante e depois de uma atividade esportiva ou de exercício pode e deve ser monitorada durante todo o seu percurso, principalmente os fatores psicológicos que ocorrem com mais frequência como o estresse e a ansiedade, entre outros.

    3. O capítulo começou com a história de Jason chegando para rebater em uma atuação de pressão. Segundo o que você apreendeu o que Jason pode fazer para controlar sua ansiedade e jogar bem?

    R:Jason deve procurar diminuir sua ansiedade-estado cognitiva, ou seja, não ter pensamentos negativos, nem ficar muito apreensivo (preocupado) caso venha errar a jogada. Deve procurar controlar o seu estresse (desiquilíbrio entre a demanda física e psicológica imposta a ele e sua capacidade de resposta e importância na falha que dá a ela), interpretando a ativação/ansiedade a seu favor de modo a influenciar positivamente o seu desempenho (Jason deve procurar ter domínio de seu aspecto psicológico naquela jogada)..

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 6 ¿ Feedback, reforço e motivação intrínseca

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Voce está se aprontando para jogar a final do campeonato e terminar sua temporada de voleibol em duas semanas. Você sabe que alguns de seus jogadores ficarão tensos e ansiosos, especialmente porque é a primeira vez que seu time chegou à final. Mas alguns jogadores ficam sempre lentos e parecem letárgicos no início dos jogos. Que tipos de técnicas e estratégias você empregaria para aprontar seus jogadores para este jogo?

    R: Procuraria treiná-los objetivando aumentar a probabilidade de colocá-los em estado de fluência. Para tanto motivá-los a atuar sem medo, alertando-os quanto a estarem capacitados em derrotar o adversário (equilíbrio entre habilidade e desafio) e terem confiança em si mesmos.

    Como muitos jogadores ficam sempre lentos, treiná-los objetivando levá-los a seu nível ideal de ativação na partida (equilíbrio entre ativação e relaxamento) , partindo do reconhecimento de que o nível de ativação do atleta pode estar acompanhado de sentimentos desagradáveis ¿ apreensão e preocupação com o jogo -, com efeitos diferenciados sobre a sua conduta. Nesse contexto, a ansiedade e o medo do fracasso podem estar repercutindo num aumento da ativação negativa, deteriorando o desempenho dos jogadores no jogo. Nessa perspectiva, na fase de aquisição do treinamento, estabeleceria metas, desenvolvendo uma combinação de diferentes técnicas psicológicas (rotina psicológica) com a finalidade de ajudá-los a controlar suas emoções e manter a concentração durante toda a competição.

    Exemplificando, um bom instrumento seria o feedback de execução, visando auxiliar os atletas a reconhecerem quais os fatores que atuam negativamente no seu rendimento (capacitá-los a avaliar seu próprio nível de ativação) para que no dia do jogo final possam desenvolver (aplicar) as estratégias de confronto apropriadas (previamente treinadas) que venham minimizar aquela letargia situacional verificada.

    2. Lembre-se de uma ocasião em que você ficou realmente ansioso antes de uma competição e quando sua ansiedade teve um efeito negativo sobre seu desempenho. Agora você sabe bastante sobre relaxamento e técnicas de controle do estresse e conhece várias estratégias específicas de controle. Se você estivesse na mesma situação novamente, o que você faria (e por que) para preparar-se para controlar mais efetivamente sua ansiedade excessiva?

    R: Para controlar mais efetivamente minha ansiedade excessiva, durante a competição colocaria em prática a rotina psicológica treinada, utilizando estratégicas psicológicas específicas e apropriadas para o controle do estresse e da ansiedade, visando potencializar os aspectos positivos (capacidade) e corrigir os aspectos negativos (ansiedade, estresse, entre outros). Emprego de técnicas cognitivas (auto-informe, focalização da atenção, entre outras) e técnicas somáticas (respiração).

    O diálogo interno comigo mesmo (auto-informe) me ajudaria ter autoconfiança, motivação e equilíbrio interno, ou seja, tranquilidade durante toda a partida, prevenindo instabilidade emocional e ansiedade. A técnica da focalização da atenção me auxiliará na mantença da concentração que, por sua vez, previne ansiedade competitiva. A técnica somática (respiração profunda e relaxamento) para controle do nível ideal de ativação durante a partida .

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 7 ¿ Dinâmicas de grupo e equipe

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é um instrutor e quer criar mais unidade dentro de sua classe ou grupo porque você sente que isso aumentará o desejo das pessoas de comparecer à aula e participar. O que você faria (e por que) para ajudar a criar o senso de unidade do grupo ou equipe?

    R: Primeiramente deve-se deixar claro qual o" papel "de cada partícipe do jogo e a sua aceitação com relação a ele, objetivando evitar conflitos de funções específicas.

    Estabelecimento de regras positivas, ou seja, que não sejam arbitrárias mas sim que, se possível, sejam pré estabelecidas (acordada) por toda a equipe e atue de modo que os atletas percebam que estão sendo tratados com justiça (justiça igualitária para todos)

    Apoio positivo mesmo quando o atleta erra e não está atuando bem (em vez de dar apoio negativo e crítica destrutiva).

    Promover o maior número de encontros formais e informais entre membros da equipe, haja vista que aumenta-se a probabilidade de pessoas se vincularem quando estão próximas uma das outras (aumenta interação e a comunicação).

    Finalmente, procure avaliar como anda a unidade (coesão) da equipe aplicando, periodicamente, por exemplo, questionários para elaboração de sociogramas.

    2. Você é técnico de uma equipe e vê que nem todos estão realmente se esforçando em cada jogada. O que você diria a seus jogadores a fim de que eles percebessem que estão ociosos e que a equipe precisa deles para parar com a ociosidade? O que você poderia fazer para minimizar ou prevenir a ocorrência de ociosidade?

    R: Pesquisas demonstram que a produtividade real de uma equipe geralmente é menor que sua produtividade potencial em virtude do processo denominado" grupo falho ", ou seja, grupo onde ocorrem perdas de motivação em membros da equipe, ocasionando o que os psicólogos chamam de ociosidade social, ou seja, fenômeno no qual componentes do grupo não aplicação 100% da sua capacidade (esforço) para o desempenho da equipe.

    Assim, monitorando as contribuições individuais e repassando aos atletas de que se é sabedor do que cada um faz no exercício de se" papel "na equipe, certamente contribuirá para inibir aquela ociosidade social verificada. Assim, deve-se comunicar e ressaltar (enfatizar) a importância da tarefa individual, pois assim os atletas não se considerarão mais anônimos e aumentará sua auto- estima.

    Também é importante que se discuta com o atleta o porquê (razões) de sua ociosidade para que se tenha informações e se procure contorná-las.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 8 ¿ Coesão de grupo

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é o novo técnico de um time de uma escola do ensino médio que tinha muita desavença e lutas internas na temporada passada. Usando as diretrizes apresentadas, discuta (apoiando-se em pesquisas quando apropriado) o que você faria antes e durante a temporada para desenvolver coesão

    relacionada à tarefa e coesão social em sua equipe?

    R A união ou coesão de um time é de fundamental importância para o bom desempenho do time. As desavenças internas do time evidenciam falta de coesão social o que, consequentemente, também prejudicará a coesão relacionada à tarefa.

    Assim, sabendo-se que a satisfação (individual) proporciona maior coesão (grupo), ou seja, satisfação

    pessoal e coesão se" auto-realimentam "em círculo, atuando-se no sentido de melhorar (aumentar) o nível de auto-motivação e capacidade individual dos integrantes do grupo , certamente se terá como resultado aumento da coesão social tanto quanto da coesão relacionada à tarefa.

    Sabe-se que fatores interferem positivamente no sentido de aumentar a coesão da equipe, entre eles deixar claro qual o" papel "de cada partícipe do jogo e a sua aceitação com relação a ele, objetivando evitar conflitos de funções específicas; estabelecimento de regras positivas, ou seja, que não sejam arbitrárias mas sim que, se possível, sejam pré estabelecidas (acordada) por toda a equipe e atue de modo que os atletas percebam que estão sendo tratados com justiça (justiça igualitária para todos); dar apoio positivo mesmo quando o atleta erra e não está atuando bem (em vez de dar apoio negativo e crítica destrutiva); promover o maior número de encontros formais e informais entre membros da equipe, haja vista que aumenta-se a probabilidade de pessoas se vincularem quando estão próximas uma das outras (aumenta interação e a comunicação). Outro fator importante, para fomentar a coesão (evitar a ociosidade) é procurar monitorar as contribuições individuais (repassando aos atletas de que se é sabedor do que cada um faz no exercício de se" papel "na equipe).

    2. Você é o novo professor de educação física e quer entender melhor as relações pessoais entre seus alunos a fim de poder melhorar suas estratégias de ensino. Você acha que um sociograma poderia ser uma boa forma de alcançar este objetivo? Explique como um sociograma pode ajudá-lo a entender a atração interpessoal e a coesão de sua classe. Desenhe um sociograma hipotético de sua classe (limitada a 15 pessoas) e explique que informações ele lhe dá em relação ao desenvolvimento de coesão.

    R: O sociograma é uma técnica (sistema de avaliação) de atração-repulsão que ocorre entre os membros de um grupo/equipe. A técnica se resume em perguntar a cada membro do grupo/equipe que outros membros escolheria ou rejeitaria para desenvolver alguma tarefa conjunta.

    O sociograma mede a coesão social, revelando a afiliação e a atração entre os membros do grupo. Com análise do sociograma podemos concluir a existência ou não de" panelinhas "no grupo; percepção dos membros acerca da união do grupo; o grau em que os atletas percebem sentimentos interpessoas da mesma forma; a existência ou não de isolamento social de membros individuais do grupo; grau de atração do grupo.

    Abaixo um exemplo de sociograma hipotético numa classe de 15 alunos onde foi proposto o questionário para os alunos para responderem qual seria sua escolha de três pessoas que gostaria para lhe ajudar a realizar um exercício e as três que você não gostaria.

    Analisando-se o sociograma é de se concluir que para a primeira escolha há um subgrupo (ABCD), que formam um grupo fechado (escolhas feitas apenas entre o próprio subgrupo). Também se conclui que do subgrupo fechado, apenas dois integrantes querem dele se aproximar formando, por conseqüência dois grupos separados o que indica que necessitamos aplicar estratégias que visem aumentar a coesão do grupo.

    3. Você é convidado a desenvolver um programa para uma equipe local para ajudar seus técnicos a desenvolverem maior coesão entre seus jogadores, o que havia sido um problema no passado. Usando o modelo conceitual de coesão de Carron, que se focaliza em quatro antecedentes maiores de coesão, que tipo de programa você desenvolveria e que informações você daria aos técnicos?

    R::Desenvolveria um programa com abordagem os 4 fatores apresentados por Carron. Procuraria aconselhar a normatização de contrato que possa incluir bolsa de estudo por maior tempo possível para uma mesma equipe (fator ambiental que tenderia a aumentar a coesão); programa que vise formar um efetivo líder, isto é, um lider que seja responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores . Para tanto que aprenda a ter automotivação, humildade, responsabilidade, integridade , flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada).. Formação do lider efetivo que deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe? R::Desenvolveria um programa com abordagem os 4 fatores apresentados por Carron. Procuraria aconselhar a normatização de contrato que possa incluir bolsa de estudo por maior tempo possível para uma mesma equipe (fator ambiental que tenderia a aumentar a coesão); programa que vise formar um efetivo líder, isto é, um lider que seja responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores . Para tanto que aprenda a ter automotivação, humildade, responsabilidade, integridade , flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada).. Formação do lider efetivo que deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe?

    Finalmente, um programa que possa realizar um bom trabalho psicológico com todos os envolvidos na equipe (abordagem dos fatores pessoais), ou seja, aplicar instrumentos psicológicas (questionários e sociogramas) para medição de índice de coesão da equipe, focalizando nas manifestações somáticas, cognitivas e de autoconfiança dos integrantes da equipe, da mesma maneira para os níveis de atração e integração do grupo dirigida à tarefa e dirigida às relações sociais.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 9 ¿ Liderança

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você assumiu sua primeira posição como técnico e instrutor em uma escola de ensino médio local. Descreva como você poderia aplicar alguns dos princípios e conclusões derivados do modelo de Chelladurai para seu treinamento e ensino. Seja específico em relação a como você poderia alterar sua abordagem a seus atletas e alunos na aula do treino e em competições.

    R Chelladurai conclui que um resultado positivo (maximização do desempenho) ocorre quando três aspectos do comportamento do lider estiverem de acordo, ou seja, comportamento adequado (corportamento real) para o que o situação exige (corportamento requerido) e esse comportamento vá de encontro (ajuste-se) as preferências dos membros do grupo (comportamento preferido). Desempenho ideal e satisfação são obtidos quando os comportamentos requeridos, preferidos e reais de um lider são consistentes.

    Como estilo a ser adotado como treinador (instrutivo, democrático, autocrático ou de apoio social) antes da tomada de decisão procuraria analisar fatores como o nível de minha aceitação por parte dos atletas, fatores circunstanciais ou situacionais, tipo de esporte, coesão do grupo, entre outros.

    2. Você foi contratado como diretor de programação de um time juvenil em sua cidade. Você quer assegurar-se de que seus técnicos sejam líderes efetivos para os jovens atletas. Você decide criar um clínica de treinamento à qual todos os técnicos devem frequentar. Descreva que princípios e informações que você incluiria em sua clínica para ajudar a assegurar que os técnicos novatos se tornem líderes efetivos.

    R: Sabe-se que traços pessoais por si só não são os responsáveis pela liderança e que podemos adotar estratégias gerais para produzir liderança mais efetiva..

    Assim, as seguintes informações devem ser repassadas no treinamento para os futuros técnicos:

    a) Para que sua equipe de colaboradores consiga atingir os objetivos (metas) pré-estabelecidos será necessário organização e colaboração entre todos. Por esse motivo, o papel do líder se torna primordial pois ele será o responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores.

    b) É necessário que o líder apresente várias características, entre elas: automotivação, humildade,

    responsabilidade., integridade (valores éticos), flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada) e procurar interagir com os atletas.

    c) O lider efetivo deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe?

    Resumindo, o líder efetivo deve ser capaz de criar estratégias e apontar o rumo na qual a equipe deve se dirigir para alcançar o sucesso.

    Sabe-se que um líder não é formado em curto espaço de tempo. Portanto, um bom programa de treinamento deve incluir ações que fomentem a revisão de valores e crenças, estimulando mudanças de atitudes (comportamento)..Incutir no aprendiz a futuro líder que conceitos e preconceitos devem ser colocados na mesa para serem revistos e reavaliados.

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    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

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    Capítulo 10 ¿ Comunicação

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Na condição de consultor remunerado, você é solicitado a criar um guia para professores e técnicos em uma escola para ajudá-los a comunicarem-se mais efetivamente com seus alunos e atletas. Baseado no que você sabe sobre comunicação efetiva, quais são as orientações mais importantes que você incluiria em seu guia? Além disso, que barreiras teriam maior probabilidade de prejudicar a comunicação efetiva?

    Professores e técnicos desempenham um papel fundamental na preparação de seus atletas.. Entre outras ações relevantes, a comunicação técnico/atleta deve ser uma fonte orientadora para soluções de problemas e não causadora de stress de modo prejudicial onde o técnico comunica somente aspectos negativos, privilegia determinados atletas, não reconhece o esforço do atleta, grita ou reclama muito e não aponta soluções.

    Para uma comunicação eficaz o guia orientará o técnico no processo de intervenção durante a emissão de informação para que saiba o que dizer, quando e como o dizer e que essa informação seja audível, tenha o nome do receptor indicado e que seja possível ao receptor interpretação da mensagem de forma apropriada.

    O guia orientará os treinadores a primeiramente interpretarem as necessidades e as respostas dos atletas no treino ou durante a competição, haja vista que o processo de comunicação não resulta apenas da ação, mas antes da ação conjunta de treinadores e atletas sobre um conteúdo numa determinada situação. Numa comunicação aprimorada os treinadores devem saberr que os atletas são uma das fontes mais importantes de aprendizagem e desenvolvimento da capacidade instrucional do treinador.

    Weinberg e Gould (2001) e Passadori (2003), Samulski e Lopes (2009) descrevem as seguintes diretrizes para os treinadores desenvolverem uma comunicação efetiva:

    - transmita as razões pelas quais espera (ou não espera) certos comportamentos de seus atletas;

    - use um estilo de comunicação que seja mais adequado com sua personalidade e sua metodologia de ensino. Não tente copiar o estilo de comunicação de outro professor apenas porque ele se comunica

    bem;

    - aprenda a se tornar mais empático, colocando-se no lugar de seus atletas. Demonstre preocupação por eles e procure entendê-los;

    - comunique-se de forma positiva, o que inclui o uso de elogios, encorajamento, apoio e reforço positivo;

    - sempre retribua o cumprimento dos atletas;

    - seja consistente ao administrar disciplina;

    - seja sincero e coerente;

    - fale de maneira clara e objetiva: a) organizando suas idéias antes de falar com os atletas; b) explicando tudo detalhadamente, mas sem fazer monólogos longos e cansativos; e c) usando uma linguagem que os jogadores compreendam;

    - diga em alto e bom tom e repita suas recomendações;

    - escute atenta e ativamente os atletas;

    - lembre-se de não julgar um orador pela aparência ou reputação;

    -" escute com seus olhos ", observando a linguagem do corpo;

    - demonstre respeito e consideração;

    - formule perguntas para estimular os atletas a expressarem suas idéias e sentimentos;

    - crie condições favoráveis para que o atleta sinta-se à vontade na sua presença e para que a comunicação flua livremente.

    Barreiras à comunicação efetiva ocorre quando existe falta de atenção do receptor em relação ao orador; falta de confiança entre os que tentam se comunicar ou quando detecta-se dificuldades na expressão ou relutância naquele que se comunica, entre outras.

    2. Como técnico, você acabou de ter uma breve confrontação com um atleta sobre a quebra de algumas regras da equipe. Ele saiu intempestivamente do treino, sentindo-se furioso e aborrecido. Logo você vai encontrar-se com o atleta e provavelmente terá que confrontá-lo em relação a seu comportamento ¿ e possivelmente puni-lo por suas atitudes. Como você se prepararia para esse encontro e que princípios você empregaria para tornar essa confrontação um encontro positivo? Como o atleta poderia preparar-se melhor para o encontro?

    R: Uma confrontação quando adequadamente usada pode ajudar os envolvidos a entenderem e resolverem o problema instituído.

    Assim deve-se ter muito cuidado na hora da comunicação técnico/atleta, procurando dar tempo para diminuição da irritação inicial antes do momento da confrontação.

    Para evitar que a diferença de poder entre técnico/atleta possa intervir na confrontação, o técnico deverá dialogar com calma, com cautela, sem procurar dominar o atleta, mas sim objetivando resolver o problema, esclarecendo da necessidade de alertá-lo sobre o erro para que, em futuras situações, possa melhorar seu desempenho, informando-lhe como agir acertadamente numa outra situação semelhante em vez de simplesmente criticá-lo (abordagem negativa). Em resumo, tornar clara a mensagem ao atleta, passando-lhe um feedback instrutivo, sem envergonhá-lo, menosprezá-lo ou casar constrangimento que só contribuiriam para diminuição da auto-estima do atleta e prejuízo à confrontação.

    O atleta poderia se preparar melhor para a confrontação se controlar sua ansiedade e nervosismo, considerando a confrontação como uma crítica construtiva, sem sentir-se ameaçado, evitando que adote postura defensiva que certamente prejudica a comunicação.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 11 ¿ Introdução ao treinamento de habilidades psicológicas

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é técnico e decide que quer implementar um programa de THP iniciando em um período fora de temporada. Como você fará ? Quais são alguns dos perigos potenciais sobre os quais você deve estar ciente e o que você fará para superá-los?

    R: Devemos estar cientes de que aprender novas habilidades psicológicas requer um período de tempo considerável.

    Primeiramente avaliar-se-á as necessidades e os objetivos das habilidades psicológicas para delinear-se quais estratégias devem ser adotadas.

    Definidas as estratégias, segue-se o treinamento das habilidades psicológicas perseguidas (THP) como controle da ansiedade, atenção, mentalização, autoconfiança, regulação da ativação, estabelecimento de metas, entre outras.

    Criado o programa (definição das estratégias) para alcançar o objetivo desejado, colocado em prática, é extremamente importante que se avalie periodicamente o progresso do desempenho do programa e que se forneça aos atletas o resultado da avaliação bem como feedback (positivo e instrutivo) com relação a ele, ficando atento para possível necessidade de modificação quando necessário, inclusive por sugestões oriundas dos próprios participantes.

    Perigos potenciais podem surgir que vejam prejudicar a implementação do programa. Entre eles o pouco tempo dispensado ao THP, a falta de convicção dos atletas (confiança) quanto ao resultado positivo do THP , a falta de acompanhamento (avaliação) do programa em andamento, entre outras.

    2. Você quer iniciar um programa de THP com sua equipe e decide contratar um psicólogo do esporte para ajudar a administrar o programa. Discuta como você, o técnico, interagiria com o psicólogo do esporte. Qual seria seu papel no programa de THP? Discuta as limitações e as vantagens dessa abordagem.

    R: O técnico, por possuir maior contato com seus atletas, tende a ter um maior conhecimento sobre capacidade, potencial psicológico e fatores pessoais que tem ou possam intervir negativamente nos seus atletas. Repassando esse conhecimento ao psicólogo do esporte (interagindo) certamente contribuirá para um melhor rendimento quando da implementação do programa. Da mesma forma este conhecimento possibilitará ao técnico posição melhor em relação ao psicólogo quando de intervenções psicológicas no decorrer da temporada.

    Por outro lado, no momento da avaliação da implantação do programa, é fundamental que o técnico esteja presente e envolvido nela, até porque conhece melhor os pós e contras (físicos e mentais) de seus atletas o que possibilitará individualizar o programa que, sabe-se, tende a maximizar o seu sucesso.

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    Capítulo 12 ¿ Regulação da ativação.

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você está se aprontando para jogar a final do campeonato e terminar sua temporada de voleibol em duas semanas. Você sabe que alguns de seus jogadores ficarão tensos e ansiosos, especialmente porque é a primeira vez que seu time chegou à final. Mas alguns jogadores ficam sempre lentos e parecem letárgicos no início dos jogos. Que tipos de técnicas e estratégias você empregaria para aprontar seus jogadores para este jogo?

    R: Procuraria adotar estratégias específicas às necessidades de cada atleta. Para os atletas que apresentam ansiedade cognitiva (ficam nervosos, ansiosos, talvez resultante da preocupação com seu fracasso) uma estratégia baseada na cognição para mudar padrões de pensamento provavelmente seria a mais apropriada.

    Por outro lado, aos que parecem letárgicos devemos detectar qual o motivo de sua letargia. Se for decorrente de tensão muscular aumentada (ansiedade somática) uma técnica de relaxamento baseada no físico, relaxamento progressivo por exemplo, poderá ser a melhor escolha. Se a letargia for resultado de falta de energia (sub-excitado) utilizar estratégia psicológica para induzir a ativação como o aumento do ritmo respiratório, mentalizações energizantes, entre outras.

    2. Lembre-se de uma ocasião em que você ficou realmente ansioso antes de uma competição e quando sua ansiedade teve um efeito negativo sobre seu desempenho. Agora você sabe bastante sobre relaxamento e técnicas de controle do estresse e conhece várias estratégias específicas de controle. Se você estivesse na mesma situação novamente, o que você faria (e por que) para preparar-se para controlar mais efetivamente sua ansiedade excessiva?

    R: Sabe-se que a ansiedade excessiva pode produzir tensão muscular e/ou pensamentos e cognições inadequadas (ansiedade somática e ansiedade cognitiva) o que , por conseqüência, prejudica o

    desempenho do atleta.

    Assim, o primeiro passo é verificar quais estressores específicos estão ocasionando a ansiedade e estresse.

    Quando seguramente se sabe que a ansiedade é de origem somática, a utilização de técnicas de redução da ansiedade somática como o relaxamento progressivo , controle da respiração, e treinamento para tomada de consciência e controle de respostas fisiológicas (biofeedback) certamente diminuirá ou eliminará a ansiedade ou, quando se tem certeza tratar-se de ansiedade cognitiva, técnicas para o relaxamento da mente como o método de Benson (resposta de relaxamento) entre outras deve ser utilizada.

    Por outro lado, não se tendo certeza quanto a ser somática ou cognitiva, até pela produção de efeitos" cruzados "(técnicas de relaxamento da ansiedade somática produzem diminuições na ansiedade cognitiva e vice-versa), estudiosos do assunto têm recomendado a utilização de pacotes multimodais para redução da ansiedade.

    Também podemos complementar o uso das técnicas e estratégias psicológicas utilizando procedimentos específicos que visem inibir o estresse e ansiedade, como o treino sob pressão para simular e treinar situações estressantes, foco de atenção no presente (pensamento em ações do passado e o que poderá ocorrer no futuro geralmente aumentam a ansiedade), entre outros.

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    Capítulo 13 ¿ Mentalização.

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Pense em um esporte ou em uma atividade física que você aprecia (ou costumava apreciar). Se você fosse usar mentalização para ajudar a melhorar seu desempenho e para aumentar a experiência de sua participação, descreva como você estabeleceria um programa de treinamento para você mesmo. Quais seriam as principais metas desse programa? Que fatores você teria que considerar para aumentar a efetividade de sua mentalização?

    R:. É recomendável para um maior rendimento no treinamento da mentalização que ela seja adaptada (individualizada) no sentido de ir de encontro às capacidades e às necessidades do agente. Assim, como primeiro passo avaliaria o meu nível de habilidade de mentalização (utilização de questionário de mentalização, por exemplo)..

    Para dar efetividade a mentalização, ela deve tornar-se uma rotina diária.. Para sistematizá-la a incluiria antes e depois de qualquer treinamento.

    Ato contínuo, em ambiente que me proporcione a menor probabilidade de desvio de atenção (sem distrações), precedido de uma técnica de relaxamento (relaxamento progressivo, respiração profunda, entre outras) iniciaria o processo de mentalização, utilizaria todos os meus sentidos objetivando visualizar o movimento a ser treinado de maneira mais próxima do real possível.

    2. Como instrutor, você quer usar mentalização com uma turma, mas os alunos são um pouco céticos

    acerca de sua efetividade. Usando relatos empíricos, estudos de caso e evidências de experiências, convença-os de que a mentalização seria um grande acréscimo para tornar a experiência de aula mais positiva.

    R: Inúmeros trabalhos científicos e empíricos têm sido publicados apontando a mentalização como fator importante no desempenho não só no esporte mas também nas várias fases e etapas da vida do homem.

    Nesse sentido, dissertação apresentada por Patrícia Barbosa Martins Trichês como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina concluiu que a mentalização juntamente com o exercício aeróbio causaram diminuição significativa do índice de massa corporal entre os adolescentes.

    Outros pontos importantes relacionados ao trabalho foram os comentários feitos pelos participantes onde os adolescentes relataram a importância em imaginar o que deveriam comer, a quantidade, acharam muito interessante e passaram a fazer isto rotineiramente. Também utilizavam a mentalização antes das provas, antes de conversas com os pais, entre outras. Relataram também que após a mentalização ficavam mais dispostas e motivas a praticar exercícios físicos, o que vem confirmar pesquisas em psicologia do exercício que concluem com a melhoria do desempenho quando une-se exercícios físicos com técnicas cognitivo comportamentais.

    No esporte de auto rendimento a grande tenista Chris Evert ensaiava cuidadosamente cada detalhe de uma parte (estratégia, estilo, escolha de saques de sua adversária, entre outras). Ela descreve o uso da mentalização para preparar-se para uma partida nestes termos:"Antes de jogar, tento ensaiar cuidadosamente o que pode acontecer e como reagirei em certas situações. Visualizo-me jogando com base no estilo de jogo de minhas adversárias. Vejo-me fazendo lançamentos velozes e longos a partir da linha de fundo e chegando à rede se a resposta for fraca. Isso ajuda a me preparar para uma partida, e me sinto como se já tivesse jogado a partida mesmo antes de entrar na quadra".

    Finalizando, sabe-se que antes de uma casa ser construída, imagina-se como vai ser a construção, qual o número das dependências. Que terá, etc. Faz-se o projeto para depois começar as obras. Trabalha-se primeiro com a mente para ter uma imagem clara daquilo que se deseja ver construído. Esse é um exemplo prático do arquétipo mental, conceito usado por Jung para mostrar que tudo é criado duas vezes: primeiro no plano mental e depois no físico.

    Assim, quando fazemos uma mentalização, além de utilizar o arquétipo mental, atuamos no plano energético. Já se constatou que o pensamento desprende certa quantidade de energia proporcional à sua intensidade e que tem efeitos tanto no mundo exterior, quanto no seu corpo. Quanto mais concentrados e por mais tempo e vezes imaginamos, mais energia é direcionada para este fim.

    Verificamos este efeito fazendo a experiência relatada no livro Tratado de Yôga, do escritor De Rose:

    1 Coloque algumas sementes de feijão sobre algodão úmido em dois potes. Cada um com a mesma quantidade de algodão, de água e de sementes. Os dois devem receber a mesma quantidade de ar e de luz.

    2 Todos os dias, pela manhã e à noite, dirija-se a um grupo de sementes, sempre o mesmo, e mentalize que está crescendo. O conteúdo do outro prato deve ser simplesmente ignorado.

    3 No final de uma semana, compare as duas porções de sementes. Em noventa por cento dos casos, aquela que você mentalizou para crescer estará mais desenvolvida que a outra. Perceba que se você tem o poder de influenciar uma planta que está fora do seu corpo, imagine a sua capacidade de transformar-se!

    Entretanto, cabe salientar, não basta apenas visualizar. Também é necessário que, ato contínuo, se passe para a concretização da ação efetiva. A ação é o coroamento do arquétipo mental formado.

    Primeiro imagine-se realizando a ação requerida. Depois, execute-a várias vezes até aprender.

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    Capítulo 14 ¿ Autoconfiança

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é o novo técnico de um time de basquetebol infantil. Você acabou de selecionar seu time após testes rigorosos. Você sente que o time terá atletas de grande talento e capacidade, e você quer ser capaz de desenvolver o talento dos mais jovens. Mas você também sabe como é fácil cair na armadilha de criar expectativas diferenciais em relação aos vários atletas. Usando o processo de quatro passos para como as expectativas de técnicos podem influenciar seus próprios comportamentos e o de seus atletas, que tipos específicos de feedback ou instrução você usaria para manter altas as expectativas de todos os seus atletas? Como você estruturaria os treinos para ajudar a manter altas as expectativas dos atletas.? 1 Você é o novo técnico de um time de basquetebol infantil. Você acabou de selecionar seu time após testes rigorosos. Você sente que o time terá atletas de grande talento e capacidade, e você quer ser capaz de desenvolver o talento dos mais jovens. Mas você também sabe como é fácil cair na armadilha de criar expectativas diferenciais em relação aos vários atletas. Usando o processo de quatro passos para como as expectativas de técnicos podem influenciar seus próprios comportamentos e o de seus atletas, que tipos específicos de feedback ou instrução você usaria para manter altas as expectativas de todos os seus atletas? Como você estruturaria os treinos para ajudar a manter altas as expectativas dos atletas.?

    R: Para que se evite expectativas incorretas com relação aos seus atletas, o técnico deve estar consciente de como chegou até aquela expectativa (de que forma) para evitar avaliação equivocada.

    Assim, o técnico deve considerar o maior número possível de informações sobre os atletas (desempenho anterior, sinais pessoais, testes de habilidades, entre outras) antes da tomada de decisão no que se refere a ter expectativa de desempenho com este ou aquele atleta.

    Por outro lado, deve o técnico ficar atento, monitorando, sistematicamente, a quantidade e qualidade de reforço e feedback (positivo, instrutivo) repassado, assegurando que a totalidade dos atletas recebam a sua porção devida.

    Objetivando manter alta a expectativa (eficácia) deve-se procurar desenvolver a autoconfiança de todos os atletas e também a autoconfiança grupal. Para isso, manter o ambiente pré-competitivo extremamente positivo; estabelecer metas (curto e longo prazo) realistas e desafiadoras: tenha alta expectativas para todos os atletas: fornecimento de feedback positivos e elogios condicionais.

    Juntamente com a maximização da autoconfiança, não se pode esquecer de repassar rotina de treinamento utilizando técnicas e estratégias psicológicas e condicionamento físico, haja vista que

    2. As vezes, criamos barreiras psicológicas para nós mesmos não acreditando que podemos realizar alguma coisa. Discuta três situações em sua vida (ou de um amigo ou de um membro da família) em que foi criada uma barreira psicológica. Como você poderia controlar as coisas para criar uma expectativa mais positiva?

    R: Quando temos baixa autoconfiança começamos a duvidar do nosso próprio desempenho ou seja, criamos barreiras psicológicas que só prejudicam o nosso desempenho na realização de determinada tarefa.

    Bandura (1990) afirma que a autoconfiança se refere ao grau de firmeza e convicção numa determina crença, mas sem especificar a situação. Para Weinberg e Gould (2001), a autoconfiança é a crença que o atleta tem nele mesmo de que pode executar com sucesso um comportamento desejado, ele acredita que irá conseguir vencer o desafio. Para Machado (2006), a autoconfiança, quando apresentada em um grau adequado atua positivamente no combate aos sentimentos de medo e de vergonha. O processo de auto-julgamento terá muita importância neste contexto, considerando que atletas confiantesconfiam em si mesmos tanto na capacidade de realizar objetivos como na de desenvolver habilidades para tanto.

    Este mesmo autor ainda caracteriza a autoconfiança como uma alta expectativa desucesso, alegando que a mesma pode despertar emoções positivas, como favorecer a concentração, facilitar o estabelecimento de metas, aumentar o esforço destinado à determinada tarefa e fortalecer a focalização de estratégias (MACHADO, 2006).

    Nesse contexto, devemos aumentar (desenvolver) nossa autoconfiança, ou seja, temos que superar a profecia auto-realizável negativa modificando o" momento "psicológico negativo para positivo, aumentando nosso índice de expectativa de melhora de desempenho para o nosso nível ideal (individualizado), pois conforme a literatura (Weinberg e Gould (2001), manter as expectativas altas preserva a autoconfiança, produzindo um efeito poderoso positivo na performance, possibilitando a superação das barreiras psicológicas.

    Para Weinberg e Gould (2001), a autoconfiança pode ser desenvolvida pelo trabalho, pela prática e pelo planejamento. Para eles, pensamentos, sentimentos e comportamentos estão inter-relacionados. Portanto, quanto mais um esportista agir com confiança, maior a probabilidade dele sentir-se confiante.

    Por outro lado, deve-se ficar atento para saber se as auto-expectativas de desempenho atual e as expectativas futuras de melhora dos atletas condizem com a realidade vivida pelos mesmos, para que estes não venham a sofrer ou manifestar efeitos negativos, como excesso ou falta de confiança, insegurança, medos e anseios.

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    Capítulo 15 ¿ Estabelecimento de metas

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Usando o que você aprendeu neste capítulo, crie um programa de estabelecimento de metas para um estudante universitário que deseja começar um programa de exercícios para perder 12 quilos.

    R: Para que estratégia seja efetiva a literatura (DOSIL, 2004; WEINBERG e GOULD, 2001) apresenta alguns critérios a serem seguidos no desenvolvimento da estratégia:

    Escrever (registrar) as metas

    Desenvolver estratégias para atingir as metas

    Considerar possíveis influências no sistema e personalidade do atleta

    Revisão de metas (metas flexíveis)

    Data limite para cumprimento

    Apóie a meta (não perder o foco)

    Fazer avaliações e fornecer feedback sobre as metas

    Assegurar que a meta estabelecida é a meta perseguida

    As metas devem ser elaboradas junto com o atleta (estimular o atleta a criar as metas)

    Estabelecer metas específicas, metas de longo e curto prazo

    Estabelecer metas de treino e competição

    Estabelecer prioridades (hierarquia de metas)

    As metas devem ser compatíveis (quando do estabelecimento de mais de uma)

    Metas realistas e alcançáveis

    Assim, o programa aconselhável para perder 12 quilos deve estabelecer meta objetiva voltada para o resultado (perder 12 quilos) a longo prazo (1 ano), voltada ao desempenho individual que se resume em caminhar 5 Km nos primeiros seis meses, durante 5 dias na semana (flexibilidade na estratégia para atingir a meta) simultaneamente com reeducação alimentar (ingerir no máximo 2000 Kcal/dia) e no que se refere ao processo/realização deve caminhar com braços em constante movimento e pernas com" passadas "de 1,5 metros. As três formas de metas deverão coexistir durante o ciclo de treinamento, pois se complementam.

    Após avaliação e fornecimento de feedback positivo sobre o atingimento da meta verificaremos a necessidade de aumento do exercício físico para 10 Km por dia.

    2. No quadro da página 332 é discutida a importância de se priorizar metas subjetivas gerais. Identifique suas metas subjetivas mais importantes, listando-as e priorizando-as. Como você usaria essas metas para orientar suas ações cotidianas?

    R:" Metas Subjetivas "são as metas globais do indivíduo.

    Minhas metas subjetivas em ordem de prioridade concluir o curso de graduação em educação física: iniciar curso de pós-graduação e realização de meu casamento.

    Estas metas são muito importantes porque algumas pessoas têm muitas aspirações e querem realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, traçando metas subjetivas ou globais eles selecionam as prioridades visando o objetivo maior, sem perder tempo com outras metas menos importantes.

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    Capítulo 16 ¿ Concentração

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é convidado a escrever um artigo sobre tensão para um jornal especializado em seu esporte. Eles querem que você defina o que é (e não é), quando ocorre, por que ocorre e como você poderia ajudar os atletas a evitá-la. Escreva o artigo.

    R: Um indivíduo submetido a uma demanda situacional (tarefa) em um segundo momento fará uma avaliação cognitiva (interpretação da tarefa) julgando-a mais ou menos" ameaçadora ". Caso passe a avaliar a situação como prejudicial ou ameaçadora então, com o tempo, tenderá a tornar-se crônica esta percepção ameaçadora, levando a produzir respostas (alterações) fisiológicas e psicológicas entre elas a tensão.

    Assim, quando se fala em controle da tensão, está se referindo ao controle dos níveis de ansiedade (nervosismo) que experimenta o esportista antes, durante e depois da competição. Com o termo" tensão "se faz referencia ao estado afetivo do atleta submetido a influencia de duas forças opostas: de um lado o desejo de alcançar algo e do outro todas as dificuldades (tanto internas quanto externas) que isto acarreta;. Assim, todo o esforço do atleta para resolver um problema põe o organismo em tensão, a qual, no caso de ser excessiva ou demasiado baixa, se converte em um obstáculo a mais que dificulta a obtenção do resultado desejado, sendo conveniente regulá-la. A tensão excessiva é um obstáculo porque gera ansiedade (nervosismo) com o qual se bloqueiam e entorpecem as decisões e respostas do sujeito; o relaxamento excessivo também é um obstáculo porque fomenta um afrouxamento (distensão) do corpo (muscular e mental), o que não é congruente com a atividade esportiva devido a que esta sempre requer um mínimo de tensão.

    Conforme dito no início, quando estamos falando de" tensão mental ", é importante levar em conta que esta sempre será influenciada por aspectos subjetivos (de cada desportista), já que dependendo da interpretação que ele tenha da situação e das próprias possibilidades, se gerará mais ou menos tensão.

    Pesquisadores concluíram que a tensão se faz presente através de nossos sistemas bioquímicos (níveis de adrenalina e noradrenalina) e fisiológicos (taxa de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, tensão muscular, entre outras), assim como de nossa conduta (nervosismo, enjôos, temores, aflição, sensação de angustia, entre outras). Os estímulos que a produzem podem ser de origem biológica (mudanças de tipo fisiológico, com independência da interpretação que o sujeito faça delas) e/ou psicosocial (estímulos que são interpretados pelo próprio sujeito e é esta interpretação que os converte em ansiógenos ou não).

    Nesse contexto, necessitamos regular o nível de tensão do atleta para um nível ideal que, sabe-se, varia segundo cada tipo de esporte. De maneira geral, se pode dizer que os esportes que exigem uma maior precisão são os que requerem um estado de tensão com uma tendência ao relaxamento, enquanto que os esportes que implicam uma maior atividade física necessitam níveis de tensão mais elevados.

    Para regular o nível de tensão utilizamos formas de intervenção entre as quais:

    TÉCNICAS PARA DIMINUIR A TENSÃO.

    1.TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO.- Podem ser de 2 tipos" Técnica Respiratória de Fases "e a" Técnica Respiratória Rítmica "; uma respiração adequada irá permitir uma oxigenação mais completa e portanto um melhor funcionamento de todos os sistemas. Conforme nos ensina Lichestein (1988) com a utilização das técnicas respiratórias o que se produziria seria uma Hipercapnia (aumento dos níveis de CO2 no sangue) e seus efeitos se traduzem numa diminuição da freqüência cardíaca, depressão da atividade cortical e sonolência. Devem-se adaptar as técnicas de respiração às características de cada esporte e tipo de competição, para que o desportista as possa utilizar no momento preciso; com as técnicas de respiração o que estamos fazendo é" interromper "a resposta fisiológica relacionada com o processo de Ativação (aumento de tensão).

    2.TÉCNICAS DE RELAXAMENTO.- Existem diversas técnicas de relaxamento, as quais se pode dividir em dois grandes grupos: as que partem do corpo para mente e as que atuam de forma contrária, da mente para o corpo; uma das mais conhecidas e utilizadas, é o" Relaxamento Progressivo "(Jacobson 1938), o qual consiste em ensinar ao sujeito a relaxar-se mediante exercícios de tensão e distensão dos diferentes segmentos que formam o corpo; esta técnica pode ser muito útil para os desportistas que apresentam uma grande" tensão "antes da competição, já que aprendem a reconhecer as sensações que lhe enviam seus músculos e a relaxá-los. Os principais efeitos produzidos pelo relaxamento são: diminuição da atividade simpática, diminuição da freqüência cardíaca, trocas respiratórias com regularização do ritmo respiratório**, mudanças nos ritmos cerebrais Alfa e beta e outros efeitos centrados no âmbito cognitivo relacionados com sensações de tranqüilidade, paz e placidez geral. Igualmente às técnicas respiratórias, as técnicas de relaxamento devem se adaptar às características de cada esporte e tipo de competição, para que o atleta as possa utilizar no momento preciso.. A respiração consta de dois ciclos: um para dentro, quando inspiras e outro para fora, quando expiras.

    3.TÉCNICAS COGNITIVAS.- Outra forma de intervenção é trabalhar no âmbito cognitivo, com o fim de modificar" falsas "ou" errôneas "interpretações que o desportista faz dos diferentes estímulos e situações que se apresentam; esta forma de intervenção pode ser muito útil nos casos em que a tensão do desportista se deva basicamente a interpretação que o sujeito faz da situação, normalmente exagerando-a. Em um nível mais operativo e nos esportes e situações que as permitam, é conveniente definir um ritual de execução e que o desportista pense no dito ritual enquanto o realiza, isto contribui para que se" percam de vista "estímulos externos que poderiam funcionar como estressores para o mesmo, enquanto, propiciam a concentração e atenção na atividade que se está realizando.

    TÉCNICAS DE ATIVAÇÃO.

    Na realidade se tem escrito pouco sobre Técnicas de Ativação, de acordo com alguns questionários que

    se aplicaram entre desportistas (Gould e Jackson 1980), em termos gerais definiram a ativação preparatória como" intenção de estar alerta e com o moral alto "; nesta definição se pode ver que a" ativação "basicamente está relacionada com a excitação (" impulsividade "e alerta) experimentada imediatamente antes de iniciar a execução.

    Para propiciar o aumento dos níveis de Ativação, se pode partir de dois caminhos: o biológico - se provoca o aumento da ativação através de substâncias (vale lembrar que os níveis das substâncias não podem ultrapassar os limites permitidos pelas federações correspondente); e/ou o psicosocial ¿ quando, para ajudar os atletas a lidar com a ocorrência da tensão, podemos nos valer da" Modelagem de Tensão "que é uma técnica utilizada para expor o atleta às tensões da competição durante os treinos, para ajudá-lo a enfrentar as tensões no momento da competição em si. Quanto mais real for o trabalho realizado mais eficaz será o resultado. A simulação precisa ser realizada em níveis próximos ao real, para permitir que os sujeitos envolvidos possam vivenciar emoções próximas àquelas que o acompanharão nas partidas

    2. Você está treinando o time infantil de um clube (escolha seu esporte) e o time tem o hábito de perder a concentração durante a competição. Você quer trabalhar com seus atletas para aumentar suas habilidades de concentração e para manter a atenção deles focalizada durante toda a competição.

    Descreva os treinos, exercícios e estratégias que você usaria com o time para ajudar seus membros a desenvolverem habilidades de concentração.

    R: Para o sucesso no esporte um bom nível de concentração é condição básica. Mas não somente no esporte, assim é também em qualquer setor de nossas vidas. Sem concentração não conseguimos realizar nenhuma atividade de alto rendimento. Uma atividade sem concentração ideal, é uma atividade sem intensidade e sem coerência, portanto, sem qualidade.

    Para iniciarmos o processo de uma boa concentração antes de tudo é necessário auxiliar nosso organismo (corpo/mente) a acionar da melhor maneira possível todos os órgãos sensoriais envolvidos na ação (ficarmos em estado de alerta, ou seja, manter nossos órgãos sensoriais em ótimo nível de funcionamento, Consegue-se a" sensibilização "fazendo exercícios respiratórios e movimentos com grande intensidade e de curta duração (saltito, agitação de braços e mãos, pescoço e outros).

    Fatores internos (pessoais) nos dispersam (perda da concentração) entre eles a introspecção demasiada, que é pensar excessivamente acerca da sua própria vida (problemas pessoais, preocupação com o sucesso ou fracasso). Assim, para atingir um bom nível de concentração é preciso regular o estado emocional (harmonia da excitação emocional) a fim de evitar tensões, apreensões, nervosismo e outros sentimentos correlatos. Esses sentimentos invadem a nossa mente geram aflição e pensamento negativo, causando impedimento para organizar e sistematizar nossas ações. Assegurar sentimentos compatíveis com a tarefa a ser realizada é pré-requisito para liberar nossa energia psíquica de maneira positiva e nos concentrarmos Para tanto, nível adequado de relaxamento, controle do estado de ansiedade, confiança e motivação adequada, por exemplo, fazem com que a mente tenha condições favoráveis de" trabalhar suavemente ", com precisão e com pensamentos positivos.

    Também a; tensão demasiada no momento de pressão distrai e desvia a nossa mente para longe da boa execução da tarefa e portanto, devemos procurar controlar o foco sob pressão. A nossa mente deve estar voltada (concentrada) ao sinal (estímulo) relevante à tarefa ao mesmo tempo em que se desfoca todos os sinais irrelevantes, bem como mantê-lo resistente até o final da tarefa (manutenção do foco)..

    Por outro lado, devemos ter consciência da situação, ou seja, dominar a exigência técnica e o plano de ação (tática) daquilo que se tem a fazer ou parte do que se está aprendendo (será praticamente impossível tentar aumentar rendimento utilizando a concentração na execução de tarefa na qual a não dominamos tática e técnicamente) para que no momento da ação não seja necessário fazer uma análise excessiva da técnica da atividade pois quando se pensa demasiadamente em como realizar uma atividade, não é possível concentrar-se nos sinais relevantes do momento e a capacidade de avaliar conscientemente qual a melhor decisão a ser tomada fica prejudicada. Nesse caso recomenda-se o aprimoramento técnico, para que na hora de realizar a tarefa nossa autoconfiança esteja maximizada sem necessidade de ficar pensando em como fazer e assim" desocupando "a mente para concentrar-se nos sinais relevantes do momento. Também a fadiga (física e psicológica) interfere na mantença do foco da ação pois a fraqueza (força psicofísica e capacidade de relaxar) são opostas a concentração. Assim, recomenda-se um treinamento objetivando um bom nível de condicionamento físico o que, certamente, contribuirá para obtermos uma boa concentração.

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    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 17 ¿ Exercício e bem-estar psicológico

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você foi convidado a contribuir para o relatório do Ministério da Saúde sobre a relação entre exercício e bem-estar psicológico. Que pontos-chave você incluiria com base na pesquisa empírica nessa área? Que orientações você sugeriria para maximizar a efetividade do exercício na intensificação do bem-estar psicológico positivo?

    R: Hoje em dia existem amplas evidências científicas de que a atividade física regular tem benefícios inquestionáveis para a saúde física e psicológica, que por sua vez são causadores de um impacto significativo no bem-estar geral do sujeito em todas as idades.

    O sedentarismo é considerado um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, tendo como uma de suas principais conseqüências, as doenças cardiovasculares (AROUCA, 2003).

    Essas doenças tornam-se um paradigma que relaciona a exposição ao efeito, entendendo exposição como uma rede multicausal de fatores determinantes das doenças (BREIH, 1996; DA ROS 2000).

    Estudos demonstram que a prática regular de atividade física durante 90 a 120 minutos semanais também promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a melhora de força e de flexibilidade, a diminuição da resistência vascular, diminuição da manifestação de certos tipos de câncer, entre outros. E, como benefícios psicossociais encontram-se o alívio da depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora da auto-estima (GOLDBERG, 2001; FANCHI, 2005).

    Uma pessoa que realiza atividade física em grupo e se perceba integrada ao mesmo dificilmente se sentira só. O homem é incontestavelmente um ser social, pois é feito para a relação com outros homens (CAGIGAL, 1981; NAHAS et al, 2003; SABA, 2001; WEINBERG; GOULD, 2001).

    Para maximizar a efetividade do exercício na intensificação do bem-estar psicológico positivo devemos:

    a) praticar exercícios aeróbios e anaeróbios, haja vista que até o momento não se pode precisar qual fornece melhor resposta para a intensificação do bem-estar.

    b) praticar diária e regulamente o exercício.

    c) implementação de programas mais longos tem sido mais efetivos do que programas mais curtos.

    2. A mesa redonda do Instituto Nacional de Saúde Mental chegou a diversas conclusões sobre exercício e saúde mental. Você é administrador em um programa de ACM ou em uma academia de ginástica e ficou sabendo que muitos participantes estão abandonando seus programas de exercícios. Embora haja muitas razões para isso, você sente que uma forma de trazê-los de volta é enfatizando os sentimentos positivos que estão freqüentemente associados com exercício. O que você aconselharia que seus instrutores fizessem para ajustar a estrutura de seus programas a fim de maximizar os aspectos de bem-estar psicológico do exercício?

    R: Implementação de programas mais longos tem sido mais efetivos do que programas mais curtos.

    Intervenções que" motivem os estudantes a mexerem-se "e a mudarem os seus comportamentos e práticas regulares.

    Também recomenda-se a aplicação de" dose ideal "de intensidade para exercício físico específico, evitando-se contusões e impacto negativo na mudança de atitudes nas diferentes dimensões.

    Também fatores relacionados ao ambiente (local e equipamento) que devem ser adequados a fim de prevenir a evasão e prevenção de problemas de saúde.

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 18 ¿ Comportamento e adesão ao exercício

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você foi contratado como novo diretor de condicionamento por uma academia de ginástica. A taxa de desistência foi grande no passado. Você sabe que a adesão ao exercício é difícil, mas seu chefe quer que você aumente as taxas de participação e adesão. Como você realizaria a tarefa de criar um programa que aumentasse as taxas de adesão? Seja específico em relação aos princípios que você usaria e aos programas que você implementaria.1 Você foi contratado como novo diretor de condicionamento por uma academia de ginástica. A taxa de desistência foi grande no passado. Você sabe que a adesão ao exercício é difícil, mas seu chefe quer que você aumente as taxas de participação e adesão. Como você realizaria a tarefa de criar um programa que aumentasse as taxas de adesão? Seja específico em relação aos princípios que você usaria e aos programas que você implementaria.

    R: É necessário verificar a existência ou não de tratamento individualizado no que se refere aos clientes, ou seja, se ocorreu adaptação de tratamento às características e às necessidades específicas do indivíduo .

    Por outro lado, investigar-se os fatores (pessoais, ambientais) que estão interagindo na taxa de adesão e desistência e a utilização de estratégias para aumentar a adesão ao exercício como fornecimento de desconto na parcela de pagamento para àqueles que apresentarem assiduidade, oferecimento de variedade de atividades ao cliente e de feedback positivo, entre outras, objetivando-se conseguir um ambiente e o exercício físico agradável e conveniente.

    2. Uma grande empresa está se preparando para construir uma nova academia de ginástica. Eles o contratam como consultor para discutir o que incluir na academia, onde construí-la, que equipamentos comprar e outros fatores para maximizar a participação do público. Com base no que você sabe a partir da pesquisa sobre os determinantes da adesão ao exercício, que recomendação específica você daria à empresa?

    R: Sabedor do público alvo da academia, equipá-las com equipamentos que possibilitem individualizar o tratamento ao cliente, bem como utilização da abordagem ambiental como estratégia para aumentar a adesão.

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    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

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    Capítulo 19 ¿ Lesões esportivas e psicologia

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Um amigo próximo sofreu uma grave lesão no joelho e precisará de cirurgia. Dentre o que você aprendeu o que pode ajudá-lo a preparar seu amigo para a cirurgia e para a recuperação?

    R: Sabe-se que estratégias psicológicas podem ajudar na reabilitação do lesionado. Assim, o tratamento da lesão deve incluir técnicas psicológicas para aumentar o processo de cura e a recuperação.

    Nesse contexto, deve-se desenvolver um contato duradouro com a pessoa lesionada , demonstrando empatia e informando que está ao seu lado empenhado em recuperá-lo e que com o esforço de ambos atingiram o resultado esperado. Para facilitar a recuperação por parte do lesionado deve-se instruí-lo de como foi a lesão e qual o processo de recuperação, bem como prepará-lo para lidar com os estágios de recuperação, incluído aí a possibilidade de ocorrência de retrocesso.

    Finalmente, ensinar (treinar, se possível) habilidades psicológicas específicas de controle da lesão como mentalização positiva, visualização de imagens com o joelho já recuperado, treinamento de relaxamento para amenizar a dor e o estresse, entre outras.

    2. Elabore um discurso persuasivo para convercer um centro de medicina esportiva a contratar um especialista em psicologia esportiva. Como você convenceria os diretores do centro de que pacientes e clientes se beneficiariam?

    R: Finalmente passa a ser de domínio público a concordância de que a preparação psicológica é parte indispensável para maximizar o rendimento esportivo do atleta. Um especialista em psicologia esportiva, entre outras funções, atua na preparação psicológica do atleta.

    O tripé básico da maximização do rendimento esportivo se dá quando houver o equilíbrio entre as habilidades físicas, habilidades técnicas e táticas, e as habilidades psicológicas, não havendo nenhuma possibilidade de se ter uma performance esportiva máxima quando faltar um destes fatores.

    Sabe-se que fazem parte da atividade do atleta o bloqueio emocional, ansiedade pré-competitiva, insônias, confiança, medo da derrota, pressão, raiva, pensamentos destrutivos, estresse, concentração, determinação, motivação, ativação, metas, rotinas pré-competitivas, relaxamento, fadiga, tensão, superação, mentalização, excesso de treinamento, liderança dos técnicos, união do grupo, lesões, controle da dor, entre outros comportamentos e emoções que, por outro lado, são matéria prima de trabalho do Psicólogo Esportivo.

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    Capítulo 20 ¿ Comportamentos adictivos e patológicos

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é contratado como consultor para o departamento esportivo de um clube. Seu principal trabalho é criar um programa que reduza o uso de drogas e álcool pelos atletas. Discuta em detalhes que tipo de programa você implementaria, mostrando sua relação com as razões para o uso de substâncias.

    R: 2. Você está treinando uma equipe de ginástica feminina infantil. Você sabe que os distúrbios alimentares tendem a ser elevados nessa população. Como você estruturaria seus treinamentos e

    competições para minimizar a possibilidade de ocorrência de distúrbios alimentares entre seus atletas?

    O que você faria se descobrisse que uma de suas atletas tem um distúrbio alimentar?

    R:

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    Capítulo 21 ¿ Burnout e treinamento excessivo

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Três modelos de burnout no esporte foram apresentados: o modelo cognitivo-afetivo de estresse, o modelo de resposta negativa de estresse ao treinamento e o modelo de desenvolvimento de identidade unidimensional e controle externo. Descreva as semelhanças e as diferenças entre esses modelos. Com base neles, quais são as três coisas que você faria se fosse um técnico para prevenir burnout em seus atletas?

    R: O modelo cognitivo-afetivo de estresse é com base no estresse e envolve componentes psicológicos, fisiológicos e comportamentais. Aqui o estresse é ocasionado pela avaliação cognitiva considerada ameaçadora e prejudicial no entendimento do atleta que, dependendo da personalidade e de sua motivação poderá levar ao Burnout.

    O modelo de resposta negativa de estresse ao treinamento focaliza-se mais nas respostas ao treinamento físico embora reconheça a importância dos fatores psicológicos. Aqui é o treinamento físico é o estressor. O estresse é oriundo do treinamento físico (tarefa) que é recebido com adaptação negativa (resposta inversa daquela esperada) e como resultado leva ao Burnout.

    O modelo de Coakley (modelo de controle externo) é de natureza mais sociológica e o estresse é apenas um sintoma e não a causa real que leva ao Burnout. Aqui se atribui à organização social do esporte, que tolhe a vida social e o poder de decisão do atleta, levando-o ao estresse que, potencializado, conduz ao Burnout.

    Nesse contexto, com base nos modelos, para prevenir Burnout é aconselhável realizar treinamento moderado (não excessivo), repassando poder de decisão e autorizando dia de folga para relaxamento do atleta. Visando regular a avaliação cognitiva ameaçadora é recomendável treinar o atleta (THP) no que se refere ao auto-regulação, desenvolvemento habilidfades psicológicas como relaxamento, mentalização, diálogo interior positivo, entre outras.

    2. Gould e seus colegas conduziram entrevistas exploratórias com jovens tenistas que tinham abandonado o jogo precocemente porque se sentiam esgotados. Com base nos resultados desse estudo, discuta cinco exemplos de conselho que você poderia dar a técnicos, pais e atletas para evitar o burnout?

    R: Recomendar que atletas em idades precoces evitem iniciar treinamento.

    Evitar treinamento excessivo que acaba por impossibilitar ao atleta tempo para realização de sua vida social e, tolhendo seu lazer e recreação.

    Não impor pressão (por parte de técnicos e pais) ao atleta visando à vitória, pois impõe pressão psicológica que tende a levar ao estresse.

    Procurar comunicar-se com o atleta visando averiguar o real motivo que o coloca no treinamento,

    evitando a permanência coercitiva.

    Estabelecer metas de curto prazo para competição e treino o que tende a aumentar o autoconceito (automotivação).

    035286-2, da Capital, rel. Des. Victor Ferreira, 4ª Câmara de Direito Civil, j. em 26-3-2009)".

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n. , da comarca de Barra Velha (Vara Única), em que é apelante Volnei Batista de Carvalho e apelado Eurides dos Santos:

    ACORDAM, em Segunda Câmara de Direito Civil, por votação unânime, suspender o julgamento do reclamo e suscitar conflito negativo de competência ao Grupo de Câmaras de Direito Civil. Custas legais.

    RELATÓRIO

    Trata-se de apelação interposta por Volnei Batista de Carvalho contra sentença prolatada nos autos da "ação de dano moral" por ele ajuizada contra Carlos Cesar Borba, Iones Moraes, Wilson Nogueira, Job Borba e Eurides dos Santos, dentre outros.

    Na inicial (fls. 2-20) o autor alegou, em linhas gerais, que teria ajuizado ação popular (autos n. 006.01.000247-8), na comarca de Barra Velha, contra o Presidente da Câmara de Vereadores daquele município e contra o advogado Eurides dos Santos, por supostas irregularidades em processo licitatório de contratação de serviços advocatícios.

    Mencionou que outros réus, na qualidade de vereadores ou servidores da Câmara, também teriam ofertado defesa através do advogado Eurides dos Santos.

    Narrou que o profissional-réu, ao contestar o feito em causa própria, teria ultrapassado o limite do debate processual, assacando-lhe expressões e palavras ofensivas, ferindo seus direitos de personalidade e causando-lhe abalo moral.

    Pediu, ao fim e ao cabo, a condenação do réu ao pagamento de reparação no valor de R$ 1.000.000,00, além das verbas de sucumbência.

    Eurides dos Santos, em causa própria, contestou (fls. 72-84) afirmando, em linhas gerais, que o seu objetivo não seria atingir os direitos de personalidade do autor, mas apenas defender os seus interesses. No mais, discorreu a respeito da imunidade profissional do advogado quando atua em juízo e requereu a improcedência do pedido exordial.

    O autor impugnou a contestação (fls. 121-128), e sobreveio a sentença (fls. 133-138), que julgou improcedente o pedido.

    Apelou o vencido (fls. 146-158) reeditando as teses anteriormente ventiladas e pugnando pela reforma da sentença.

    Após as contrarrazões (fls. 163-171), em que igualmente pugnou-se pela condenação do recorrente às penas da litigância de má-fé, os autos ascenderam a este egrégio Tribunal de Justiça.

    Na sessão de 18 de junho de 2009, esta colenda Segunda Câmara de Direito Civil decidiu, por unanimidade, não conhecer do apelo e determinar a redistribuição à colenda Primeira Câmara de Direito Civil, por entender preventa pela conexão com a ação de indenização por danos morais n. , em que são demandados João Francisco Régis, Roberto José Luiz e Eurides dos Santos, e demandante Volnei Batista de Carvalho, e que possui a mesma causa de pedir que embasou a demanda donde se originou esta apelação (ação de indenização por danos morais em razão de expressões utilizadas na contestação da ação popular deflagrada pelo recorrente), com julgamento em 22 de maio de 2007, da qual foi relatora a eminente Desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta.

    Remetidos que foram os presentes autos e feita a distribuição ao eminente Desembargador Joel Dias Figueira Júnior, entendeu (fls. 306-308) sua Excelência, em linhas gerais, que, como a demanda dos autos n. já fora julgada, não haveria falar em conexão e, por conseguinte, em prevenção, e sem suscitar conflito, determinou o retorno dos autos para a colenda Segunda Câmara de Direito Civil.

    VOTO

    Em que pese respeitável a posição do eminente Desembargador Joel Dias Figueira Júnior, que muito bem fundamentou seu despacho, com as vênias de estilo, essa posição não se afeiçoa à linha jurisprudencial predominante neste egrégio Tribunal de Justiça.

    É certo que a apelação cível n. já foi julgada e, portanto, tecnicamente, não mais se falaria em conexão ou prevenção, no exame que o Código de Processo Civil faz desses institutos.

    Entretanto, de igual modo, há fundamentos que dão suporte à necessidade de os presente autos serem julgados pela colenda Primeira Câmara de Direito Civil, tais como a unidade de convicção e até mesmo para evitar que a situações idênticas seja dado tratamento diferente.

    Nessa linha de interpretação do artigo 54 do Regimento Interno, traz-se à colação o seguinte julgados deste Tribunal de Justiça:

    AÇÃO COMINATÓRIA. COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 54 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. EXISTÊNCIA DE OUTRO RECURSO DISTRIBUÍDO E JULGADO, ANTERIORMENTE, POR DESEMBARGADORA INTEGRANTE DE OUTRA CÂMARA DE DIREITO CIVIL. IDENTIDADE DE PARTES E OBJETO. RECURSO DE QUE SE NÃO CONHECE PARA OPERAR-SE DEVIDA REDISTRIBUIÇÃO.

    À vista do disposto no art. 54 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, a distribuição, bem como o julgamento de recurso anterior, relativo à demanda conexa, torna prevento o relator ou, quando menos, o órgão fracionário julgador, objetivando evitar sejam proferidas decisões conflitantes, em atenção ao princípio da unidade de convicção (Ap. Cív. n. , de Balneário Camboriú, rel. Des. Eládio Torret Rocha, Órgão Julgador: Quarta Câmara de Direito Civil, j. em 12-2-2009).

    E colhe-se mais precedentes do voto do eminente Desembargador Eládio Torret Rocha, até mesmo na trilha aberta pelo colendo Superior Tribunal de Justiça:

    Entendo não deva esta Câmara conhecer do recurso.

    E isto porque, conforme informação colhida junto ao Sistema de Automação do Judiciário ¿ SAJ, anteriormente, ou seja, em 20.06.2006, foi distribuído à Primeira Câmara de Direito Civil o apelo n. , o qual foi transferido, por permuta, à Terceira Câmara de Direito Civil e julgado em 29.05.2007 sob a relatoria da Desembargadora Salete Silva Sommariva e que apresenta identidade de partes e de objeto com o recurso ora analisado.

    Ressalto, por oportuno, que há, na movimentação processual do presente recurso, a observação "Processo Distribuído por Vinculação ao Magistrado. Vinculação em razão do processo 20060209637".

    Evidente, portanto, a conexidade entre os reclamos, pelo que, tendo em vista o teor do art. 54 do Regimento Interno desta Corte, deve este ser apreciado pela Terceira Câmara de Direito Civil, em virtude da prevenção, evitando, assim, sejam proferidas decisões conflitantes.

    Neste sentido, colho, por oportuno da Jurisprudência desta Corte:

    "APELAÇÃO CÍVEL ¿ AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ¿ JULGAMENTO ANTERIOR POR OUTRA CÂMARA DE DIREITO COMERCIAL DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ENVOLVENDO AS MESMAS PARTES E O MESMO CONTRATO DE LEASING EM DISCUSSÃO NA REVISIONAL ¿ PREVENÇÃO CARACTERIZADA ¿ ART. 54, CAPUT, DO RITJSC ¿ REMESSA DOS AUTOS PARA REDISTRIBUIÇÃO" (AC n. , de Criciúma. Rel. Des. Alcides Aguiar)."APELAÇÃO CÍVEL ¿ AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ¿ JULGAMENTO ANTERIOR POR OUTRA CÂMARA DE DIREITO COMERCIAL DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ENVOLVENDO AS MESMAS PARTES E O MESMO CONTRATO DE LEASING EM DISCUSSÃO NA REVISIONAL ¿ PREVENÇÃO CARACTERIZADA ¿ ART. 54, CAPUT, DO RITJSC ¿ REMESSA DOS AUTOS PARA REDISTRIBUIÇÃO" (AC n. , de Criciúma. Rel. Des. Alcides Aguiar).

    Destaco, por importante, deva o disposto no art. 54 do Regimento Interno deste Tribunal ser analisado em consonância com o princípio da unidade de convicção, pois, "Nas hipóteses em que se verifica a identidade das partes e objeto ou causa de pedir, ainda que em processos distintos, o entendimento desta Casa de Justiça é pacífico no sentido de aplicar o dispositivo supracitado (artigo 54 do RITJSC), para fins de considerar prevento o relator e/ou órgão fracionário que primeiro conheceu da causa, assegurando, dessa forma, a prolação de decisões congruentes, em respeito ao princípio da unidade de convicção (cf. Informativo n. 379/STF)" (AC n. , de Rio do Sul. Rel. Des. Março Aurélio Gastaldi Buzzi).

    Da mesma forma, veja-se o seguinte entendimento perfilhado pelo eminente Desembargador Victor Ferreira:

    APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTES DE INCLUSÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. REGULARIDADE DA INSCRIÇÃO ANALISADA EM ANTERIOR JULGAMENTO CONJUNTO DE AÇÕES DE COBRANÇA E DE EXCLUSÃO DE CADASTRO, OBJETO DE APELAÇÃO DECIDIDA POR OUTRA CÂMARA DE DIREITO CIVIL, AINDA INTEGRADA PELO RELATOR ORIGINÁRIO. COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO. ART. 54 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. REDISTRIBUIÇÃO QUE SE IMPÕE. NÃO CONHECIMENTO.

    A competência por prevenção de que trata o art. 54 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Santa Catarina deve ser compreendida como meio de conferir tanto segurança jurídica quanto praticidade aos julgamentos, ao passo que prevê, como regra, a apreciação dos recursos posteriores por quem já examinou, em algum sentido, o caso sub judice.

    Essa orientação deve prevalecer tanto para os recursos da fase de execução, por expressa previsão regimental, quanto das ações conexas, ainda que já julgadas, conforme orientação assente desta Corte, haja vista persistir, em todas essas situações, a razão de praticidade que também orienta o instituto (Ap. Cív. , da Capital, rel. Des. Victor Ferreira, Órgão Julgador: Quarta Câmara de Direito Civil, j. em: 26-3-2009).

    Confira-se, de igual sorte, a decisão do eminente Desembargador Fernando Carioni:

    APELAÇÃO CÍVEL ¿ AÇÃO DE USUCAPIÃO ¿ RECURSO JULGADO PELA PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO CIVIL COM IDENTIDADE DE CAUSA DE PEDIR ¿ PREVENÇÃO ¿ INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 54 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA ¿ NÃO-CONHECIMENTO ¿ REDISTRIBUIÇÃO (Ap. Cív. , da Capital, rel. Des. Fernando Carioni, Órgão Julgador: Primeira Câmara de Direito Civil, j. em 29-5-2007).

    Dessa feita, suspende-se o julgamento do presente reclamo e suscita-se conflito negativo de competência ao colendo Grupo de Câmaras de Direito Civil.

    DECISÃO

    Nos termos do voto do Relator, esta Segunda Câmara de Direito Civil decide, por unanimidade, suspender o julgamento do reclamo e suscitar conflito negativo de competência ao Grupo de Câmaras de Direito Civil.

    O julgamento, realizado no dia 17 de dezembro de 2009, foi presidido pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Mazoni Ferreira, com voto, e dele participou o Excelentíssimo Senhor Desembargador Luiz Carlos Freyesleben.Questões de Pensamento Crítico

    1. Os testes psicológicos devem ser usados para o procedimento de seleção de um time? Explique sua resposta.

    A avaliação psicológica é uma função específica e privativa do Psicólogo e refere-se à obtenção, análise e interpretação de informações psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitem ao psicólogo avaliar um comportamento, aplicando-se ao estudo de casos individuais ou de grupos.

    Certamente pode-se usar testes psicológicos visando avaliar aptidão de pessoa na seleção de um time, detectando candidatos com aptidões e atitudes adequadas para o exercício a que se propõem, de forma que o perfil psicológico, as habilidades específicas e as atitudes venham ao encontro ao "perfil" traçado para aquela tarefa.

    Acontece que o aludido exame psicotécnico, mesmo aplicado por profissional habilitado e com conhecimento, garante a indicação (ou contra-indicação) do atleta para "o momento" no qual é administrado o teste e portanto pode não representar a verdadeira realidade.

    Não bastasse essa momentaneidade do exame, que à toda evidência o fragiliza, também outras variáveis interferem na eficácia da aplicação do exame psicotécnico como o uso inadequado dos instrumentos, existência de instrumentos comercializados desatualizados e sem embasamento e o uso exclusivamente técnico de instrumentos sem uma atitude crítico-reflexiva fundamentada teórica e cientificamente, entre outros.

    Nesse contexto, à toda evidência, é de se admitir a aplicação de exame psicotécnico para seleção de um time, por profissional habilitado e com conhecimento da matéria, desde que aplicado em momentos sucessivos e num maior número possível, minimizando-se, assim, possíveis erros de interpretação ao longo dos vários testes e situações que porventura demonstrem inadaptação à atividade típica avaliada.

    2. Qual o seu papel no entendimento da personalidade? Em que situações você poderia considerar o uso de testes de personalidade? Discuta outras formas de avaliar as personalidades dos participantes.

    R: Quando se tem entendimento da personalidade da pessoa ao aplicá-lo em situações esportivas e de exercício certamente melhor entenderemos a ação/reação dos indivíduos.

    Como professor de educação física poderemos ser mais efetivos quando entendermos os diferentes níveis de estrutura da personalidade, facilitando conhecer a "pessoa real" envolvida.

    Ocasiões em que o indivíduo apresenta ações/reações desfavoráveis ao exercício envolvido (falta de capacidade por atribuições, falta de esforço, impotência aprendida, entre outras) temos o poder/dever de considerar o uso de testes de personalidade (aplicado por profissional habilitado).. Por outro lado, analisando (sendo um bom observador) e avaliando o comportamento do indivíduo também nos ajudará a entender os traços e os estados da personalidade. Da mesma forma sendo um bom comunicador/ouvinte e conhecendo e aplicando em programas estratégias mentais selecionadas e que facilitam a aprendizagem e o desempenho das habilidades físicas, certamente beneficiará a personalidade de um indivíduo.

    Capítulo 3 ¿ Motivação

    Questões de pensamento crítico

    1. Liste pelo menos três formas de entender melhor os motivos de uma pessoa para envolvimento em esportes e uma atividade física.

    R: Fatores pessoais, situacionais e a interação entre eles, influenciam a motivação.

    Assim, como aspecto pessoal (personalidade) devemos considerar a necessidade de realização da pessoa (alta ou baixa), o estágio em que se encontra no desenvolvimento da motivação, foco do indivíduo no orgulho de ganhar ou na vergonha de perder, entendendo o que o sucesso e o fracasso significam para ele e como fator situacional verificar o ambiente social em que vive a pessoa, entre outros.

    2. Crie um programa para eliminar impotência aprendida em participantes. Não deixe de indicar como você incentivaria um clima motivacional adequado.

    R: Devemos considerar como variáveis para eliminar a impotência aprendida (desenvolver a motivação) o fator situacional quanto o pessoal. Nesse sentido procurar entender o motivo que ensejou a pessoa participar do esporte (considerando que o motivo também muda com o tempo), estruturar e procurar melhorar o ambiente de ensino e treinamento que venha satisfazer as necessidades de todos os participantes; fazer ajuste individual dentro do grupo após elaboração e aplicação de questionário individual visando conhecer melhor os diversos motivos da impotência aprendida verificada ; como líder, reconhecer que sua "atitude" é essencial e influencia, direta ou indiretamente, a motivação dos participantes; orientar os participantes à tarefa e não uma orientação ao resultado, certamente eliminará impotência aprendida, protegendo a pessoa contra desapontamentos, frustrações e seu desempenho.

    Em se tratando de crianças, deve-se enfatizar no programa que a criança não é um adulto e portanto o esporte deve ser organizado para ela e não para satisfação do adulto. Independentemente de seu potencial, elas devem percorrer determinadas fases no processo de formação esportiva. Nesse contexto, procurar desenvolver inicialmente habilidades e capacidades motoras básicas para só depois preocupar-se com formação ou especialização específica (treinamento físico, técnico e tático).

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 4 ¿ Ativação, estresse e ansiedade

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Como você pode adaptar estratégias de treinamento para indivíduos que estejam tentando lidar com estresse e ansiedade? (Dê um exemplo).

    R: Sabe-se que ansiedade e o estresse podem interferir de forma significativa no rendimento esportivo dos atletas, ou seja, na capacidade das pessoas de emitir condutas condizentes com o seu meio ambiente. Assim, é de extrema importância que o atleta tenha domínio de seu aspecto psicológico, do mesmo modo que detém a técnica, a tática e o seu preparo físico.

    Nesse contexto, devemos ajudar o indivíduo a controlar a ansiedade e o estresse conversando com ele, fazendo-lhe crer (confiar) na sua capacidade de desempenho, criando um ambiente positivo, mesmo em situações de erros, derrotas e contratempos (oferecendo orientação positiva), para que a pessoa aprenda a lidar com a sua ansiedade e tensão, reconhecendo e mudando pensamentos negativos.

    Exemplificando podemos ensiná-lo a regular sua respiração e/ou fazer relaxamento, utilizando e ensinando técnicas para reduzir o nível de estresse emocional e de ansiedade, e até como preparo "pré-psicológico" poderemos antecipadamente simular situações em que a pessoa vivencia momentos de intensão tensão para que se acostume a lidar com a sua ansiedade.

    2. Discuta três implicações para a prática profissional que você deduziu das teorias e dos dados científicos neste capítulo.

    R: É de se concluir que, indubitavelmente, ocorre interferência da ansiedade e do estresse no desempenho dos atletas, sendo necessário controlar e direcionar este "estado psicológico" para um nível que potencialize a "performance" do indivíduo. Nesse contexto, deve existir por parte do educador uma preocupação grande em relação ao estado psicológico dos atletas na nossa prática profissional, haja vista que o desempenho no exercício físico não engloba somente os fatores fisiológicos e a técnica, mas, sobretudo, os aspectos emocionais, vindo estes, inclusive, afetar de maneira significativa o desempenho físico. Por isso necessitamos identificar a combinação ideal das emoções envolvidas na ativação, bem como o modo como fatores pessoais e situacionais interagem, para "equacionar" a melhor estratégia a ser desenvolvida.

    Assim, as causas e os efeitos dos processos psíquicos que acometem o indivíduo antes, durante e depois de uma atividade esportiva ou de exercício pode e deve ser monitorada durante todo o seu percurso, principalmente os fatores psicológicos que ocorrem com mais frequência como o estresse e a ansiedade, entre outros.

    3. O capítulo começou com a história de Jason chegando para rebater em uma atuação de pressão. Segundo o que você apreendeu o que Jason pode fazer para controlar sua ansiedade e jogar bem?

    R:Jason deve procurar diminuir sua ansiedade-estado cognitiva, ou seja, não ter pensamentos negativos, nem ficar muito apreensivo (preocupado) caso venha errar a jogada. Deve procurar controlar o seu estresse (desiquilíbrio entre a demanda física e psicológica imposta a ele e sua capacidade de resposta e importância na falha que dá a ela), interpretando a ativação/ansiedade a seu favor de modo a influenciar positivamente o seu desempenho (Jason deve procurar ter domínio de seu aspecto psicológico naquela jogada)..

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 6 ¿ Feedback, reforço e motivação intrínseca

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Voce está se aprontando para jogar a final do campeonato e terminar sua temporada de voleibol em duas semanas. Você sabe que alguns de seus jogadores ficarão tensos e ansiosos, especialmente porque é a primeira vez que seu time chegou à final. Mas alguns jogadores ficam sempre lentos e parecem letárgicos no início dos jogos. Que tipos de técnicas e estratégias você empregaria para aprontar seus jogadores para este jogo?

    R: Procuraria treiná-los objetivando aumentar a probabilidade de colocá-los em estado de fluência. Para tanto motivá-los a atuar sem medo, alertando-os quanto a estarem capacitados em derrotar o adversário (equilíbrio entre habilidade e desafio) e terem confiança em si mesmos.

    Como muitos jogadores ficam sempre lentos, treiná-los objetivando levá-los a seu nível ideal de ativação na partida (equilíbrio entre ativação e relaxamento) , partindo do reconhecimento de que o nível de ativação do atleta pode estar acompanhado de sentimentos desagradáveis ¿ apreensão e preocupação com o jogo -, com efeitos diferenciados sobre a sua conduta. Nesse contexto, a ansiedade e o medo do fracasso podem estar repercutindo num aumento da ativação negativa, deteriorando o desempenho dos jogadores no jogo. Nessa perspectiva, na fase de aquisição do treinamento, estabeleceria metas, desenvolvendo uma combinação de diferentes técnicas psicológicas (rotina psicológica) com a finalidade de ajudá-los a controlar suas emoções e manter a concentração durante toda a competição.

    Exemplificando, um bom instrumento seria o feedback de execução, visando auxiliar os atletas a reconhecerem quais os fatores que atuam negativamente no seu rendimento (capacitá-los a avaliar seu próprio nível de ativação) para que no dia do jogo final possam desenvolver (aplicar) as estratégias de confronto apropriadas (previamente treinadas) que venham minimizar aquela letargia situacional verificada.

    2. Lembre-se de uma ocasião em que você ficou realmente ansioso antes de uma competição e quando sua ansiedade teve um efeito negativo sobre seu desempenho. Agora você sabe bastante sobre relaxamento e técnicas de controle do estresse e conhece várias estratégias específicas de controle. Se você estivesse na mesma situação novamente, o que você faria (e por que) para preparar-se para controlar mais efetivamente sua ansiedade excessiva?

    R: Para controlar mais efetivamente minha ansiedade excessiva, durante a competição colocaria em prática a rotina psicológica treinada, utilizando estratégicas psicológicas específicas e apropriadas para o controle do estresse e da ansiedade, visando potencializar os aspectos positivos (capacidade) e corrigir os aspectos negativos (ansiedade, estresse, entre outros). Emprego de técnicas cognitivas (auto-informe, focalização da atenção, entre outras) e técnicas somáticas (respiração).

    O diálogo interno comigo mesmo (auto-informe) me ajudaria ter autoconfiança, motivação e equilíbrio interno, ou seja, tranquilidade durante toda a partida, prevenindo instabilidade emocional e ansiedade. A técnica da focalização da atenção me auxiliará na mantença da concentração que, por sua vez, previne ansiedade competitiva. A técnica somática (respiração profunda e relaxamento) para controle do nível ideal de ativação durante a partida .

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    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

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    Capítulo 7 ¿ Dinâmicas de grupo e equipe

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é um instrutor e quer criar mais unidade dentro de sua classe ou grupo porque você sente que isso aumentará o desejo das pessoas de comparecer à aula e participar. O que você faria (e por que) para ajudar a criar o senso de unidade do grupo ou equipe?

    R: Primeiramente deve-se deixar claro qual o "papel" de cada partícipe do jogo e a sua aceitação com relação a ele, objetivando evitar conflitos de funções específicas.

    Estabelecimento de regras positivas, ou seja, que não sejam arbitrárias mas sim que, se possível, sejam pré estabelecidas (acordada) por toda a equipe e atue de modo que os atletas percebam que estão sendo tratados com justiça (justiça igualitária para todos)

    Apoio positivo mesmo quando o atleta erra e não está atuando bem (em vez de dar apoio negativo e crítica destrutiva).

    Promover o maior número de encontros formais e informais entre membros da equipe, haja vista que aumenta-se a probabilidade de pessoas se vincularem quando estão próximas uma das outras (aumenta interação e a comunicação).

    Finalmente, procure avaliar como anda a unidade (coesão) da equipe aplicando, periodicamente, por exemplo, questionários para elaboração de sociogramas.

    2. Você é técnico de uma equipe e vê que nem todos estão realmente se esforçando em cada jogada. O que você diria a seus jogadores a fim de que eles percebessem que estão ociosos e que a equipe precisa deles para parar com a ociosidade? O que você poderia fazer para minimizar ou prevenir a ocorrência de ociosidade?

    R: Pesquisas demonstram que a produtividade real de uma equipe geralmente é menor que sua produtividade potencial em virtude do processo denominado "grupo falho", ou seja, grupo onde ocorrem perdas de motivação em membros da equipe, ocasionando o que os psicólogos chamam de ociosidade social, ou seja, fenômeno no qual componentes do grupo não aplicação 100% da sua capacidade (esforço) para o desempenho da equipe.

    Assim, monitorando as contribuições individuais e repassando aos atletas de que se é sabedor do que cada um faz no exercício de se "papel" na equipe, certamente contribuirá para inibir aquela ociosidade social verificada. Assim, deve-se comunicar e ressaltar (enfatizar) a importância da tarefa individual, pois assim os atletas não se considerarão mais anônimos e aumentará sua auto- estima.

    Também é importante que se discuta com o atleta o porquê (razões) de sua ociosidade para que se tenha informações e se procure contorná-las.

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    Capítulo 8 ¿ Coesão de grupo

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é o novo técnico de um time de uma escola do ensino médio que tinha muita desavença e lutas internas na temporada passada. Usando as diretrizes apresentadas, discuta (apoiando-se em pesquisas quando apropriado) o que você faria antes e durante a temporada para desenvolver coesão relacionada à tarefa e coesão social em sua equipe?

    R A união ou coesão de um time é de fundamental importância para o bom desempenho do time. As desavenças internas do time evidenciam falta de coesão social o que, consequentemente, também prejudicará a coesão relacionada à tarefa.

    Assim, sabendo-se que a satisfação (individual) proporciona maior coesão (grupo), ou seja, satisfação pessoal e coesão se "auto-realimentam" em círculo, atuando-se no sentido de melhorar (aumentar) o nível de auto-motivação e capacidade individual dos integrantes do grupo , certamente se terá como resultado aumento da coesão social tanto quanto da coesão relacionada à tarefa.

    Sabe-se que fatores interferem positivamente no sentido de aumentar a coesão da equipe, entre eles deixar claro qual o "papel" de cada partícipe do jogo e a sua aceitação com relação a ele, objetivando evitar conflitos de funções específicas; estabelecimento de regras positivas, ou seja, que não sejam arbitrárias mas sim que, se possível, sejam pré estabelecidas (acordada) por toda a equipe e atue de modo que os atletas percebam que estão sendo tratados com justiça (justiça igualitária para todos); dar apoio positivo mesmo quando o atleta erra e não está atuando bem (em vez de dar apoio negativo e crítica destrutiva); promover o maior número de encontros formais e informais entre membros da equipe, haja vista que aumenta-se a probabilidade de pessoas se vincularem quando estão próximas uma das outras (aumenta interação e a comunicação). Outro fator importante, para fomentar a coesão (evitar a ociosidade) é procurar monitorar as contribuições individuais (repassando aos atletas de que se é sabedor do que cada um faz no exercício de se "papel" na equipe).

    2. Você é o novo professor de educação física e quer entender melhor as relações pessoais entre seus alunos a fim de poder melhorar suas estratégias de ensino. Você acha que um sociograma poderia ser uma boa forma de alcançar este objetivo? Explique como um sociograma pode ajudá-lo a entender a atração interpessoal e a coesão de sua classe. Desenhe um sociograma hipotético de sua classe (limitada a 15 pessoas) e explique que informações ele lhe dá em relação ao desenvolvimento de coesão.

    R: O sociograma é uma técnica (sistema de avaliação) de atração-repulsão que ocorre entre os membros de um grupo/equipe. A técnica se resume em perguntar a cada membro do grupo/equipe que outros membros escolheria ou rejeitaria para desenvolver alguma tarefa conjunta.

    O sociograma mede a coesão social, revelando a afiliação e a atração entre os membros do grupo. Com análise do sociograma podemos concluir a existência ou não de "panelinhas" no grupo; percepção dos membros acerca da união do grupo; o grau em que os atletas percebem sentimentos interpessoas da mesma forma; a existência ou não de isolamento social de membros individuais do grupo; grau de atração do grupo.

    Abaixo um exemplo de sociograma hipotético numa classe de 15 alunos onde foi proposto o questionário para os alunos para responderem qual seria sua escolha de três pessoas que gostaria para lhe ajudar a realizar um exercício e as três que você não gostaria.

    Analisando-se o sociograma é de se concluir que para a primeira escolha há um subgrupo (ABCD), que formam um grupo fechado (escolhas feitas apenas entre o próprio subgrupo). Também se conclui que do subgrupo fechado, apenas dois integrantes querem dele se aproximar formando, por conseqüência dois grupos separados o que indica que necessitamos aplicar estratégias que visem aumentar a coesão do grupo.

    3. Você é convidado a desenvolver um programa para uma equipe local para ajudar seus técnicos a desenvolverem maior coesão entre seus jogadores, o que havia sido um problema no passado. Usando o modelo conceitual de coesão de Carron, que se focaliza em quatro antecedentes maiores de coesão, que tipo de programa você desenvolveria e que informações você daria aos técnicos?

    R::Desenvolveria um programa com abordagem os 4 fatores apresentados por Carron. Procuraria aconselhar a normatização de contrato que possa incluir bolsa de estudo por maior tempo possível para uma mesma equipe (fator ambiental que tenderia a aumentar a coesão); programa que vise formar um efetivo líder, isto é, um lider que seja responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores . Para tanto que aprenda a ter automotivação, humildade, responsabilidade, integridade , flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada).. Formação do lider efetivo que deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe? R::Desenvolveria um programa com abordagem os 4 fatores apresentados por Carron. Procuraria aconselhar a normatização de contrato que possa incluir bolsa de estudo por maior tempo possível para uma mesma equipe (fator ambiental que tenderia a aumentar a coesão); programa que vise formar um efetivo líder, isto é, um lider que seja responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores . Para tanto que aprenda a ter automotivação, humildade, responsabilidade, integridade , flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada).. Formação do lider efetivo que deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe?

    Finalmente, um programa que possa realizar um bom trabalho psicológico com todos os envolvidos na equipe (abordagem dos fatores pessoais), ou seja, aplicar instrumentos psicológicas (questionários e sociogramas) para medição de índice de coesão da equipe, focalizando nas manifestações somáticas, cognitivas e de autoconfiança dos integrantes da equipe, da mesma maneira para os níveis de atração e integração do grupo dirigida à tarefa e dirigida às relações sociais.

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    Capítulo 9 ¿ Liderança

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você assumiu sua primeira posição como técnico e instrutor em uma escola de ensino médio local. Descreva como você poderia aplicar alguns dos princípios e conclusões derivados do modelo de Chelladurai para seu treinamento e ensino. Seja específico em relação a como você poderia alterar sua abordagem a seus atletas e alunos na aula do treino e em competições.

    R Chelladurai conclui que um resultado positivo (maximização do desempenho) ocorre quando três aspectos do comportamento do lider estiverem de acordo, ou seja, comportamento adequado (corportamento real) para o que o situação exige (corportamento requerido) e esse comportamento vá de encontro (ajuste-se) as preferências dos membros do grupo (comportamento preferido). Desempenho ideal e satisfação são obtidos quando os comportamentos requeridos, preferidos e reais de um lider são consistentes.

    Como estilo a ser adotado como treinador (instrutivo, democrático, autocrático ou de apoio social) antes da tomada de decisão procuraria analisar fatores como o nível de minha aceitação por parte dos atletas, fatores circunstanciais ou situacionais, tipo de esporte, coesão do grupo, entre outros.

    2. Você foi contratado como diretor de programação de um time juvenil em sua cidade. Você quer assegurar-se de que seus técnicos sejam líderes efetivos para os jovens atletas. Você decide criar um clínica de treinamento à qual todos os técnicos devem frequentar. Descreva que princípios e informações que você incluiria em sua clínica para ajudar a assegurar que os técnicos novatos se tornem líderes efetivos.

    R: Sabe-se que traços pessoais por si só não são os responsáveis pela liderança e que podemos adotar estratégias gerais para produzir liderança mais efetiva..

    Assim, as seguintes informações devem ser repassadas no treinamento para os futuros técnicos:

    d) Para que sua equipe de colaboradores consiga atingir os objetivos (metas) pré-estabelecidos será necessário organização e colaboração entre todos. Por esse motivo, o papel do líder se torna primordial pois ele será o responsável em organizar, comandar e incutir o sentimento de trabalho em equipe e responsabilidade em seus colaboradores.

    e) É necessário que o líder apresente várias características, entre elas: automotivação, humildade, responsabilidade., integridade (valores éticos), flexibilidade (poder de adaptação à situação vivenciada) e procurar interagir com os atletas.

    f) O lider efetivo deverá atuar de forma dinâmica e simples e sempre se questionando: :Sou congruente na minha liderança? Eu realmente escuto meus liderados? Aceitação é uma palavra que existe no meu dicionário? Como descobrir os desejos do meu time? Estou motivando ou não minha equipe?

    Resumindo, o líder efetivo deve ser capaz de criar estratégias e apontar o rumo na qual a equipe deve se dirigir para alcançar o sucesso.

    Sabe-se que um líder não é formado em curto espaço de tempo. Portanto, um bom programa de treinamento deve incluir ações que fomentem a revisão de valores e crenças, estimulando mudanças de atitudes (comportamento)..Incutir no aprendiz a futuro líder que conceitos e preconceitos devem ser colocados na mesa para serem revistos e reavaliados.

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    Capítulo 10 ¿ Comunicação

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Na condição de consultor remunerado, você é solicitado a criar um guia para professores e técnicos em uma escola para ajudá-los a comunicarem-se mais efetivamente com seus alunos e atletas. Baseado no que você sabe sobre comunicação efetiva, quais são as orientações mais importantes que você incluiria em seu guia? Além disso, que barreiras teriam maior probabilidade de prejudicar a comunicação efetiva?

    Professores e técnicos desempenham um papel fundamental na preparação de seus atletas.. Entre outras ações relevantes, a comunicação técnico/atleta deve ser uma fonte orientadora para soluções de problemas e não causadora de stress de modo prejudicial onde o técnico comunica somente aspectos negativos, privilegia determinados atletas, não reconhece o esforço do atleta, grita ou reclama muito e não aponta soluções.

    Para uma comunicação eficaz o guia orientará o técnico no processo de intervenção durante a emissão de informação para que saiba o que dizer, quando e como o dizer e que essa informação seja audível, tenha o nome do receptor indicado e que seja possível ao receptor interpretação da mensagem de forma apropriada.

    O guia orientará os treinadores a primeiramente interpretarem as necessidades e as respostas dos atletas no treino ou durante a competição, haja vista que o processo de comunicação não resulta apenas da ação, mas antes da ação conjunta de treinadores e atletas sobre um conteúdo numa determinada situação. Numa comunicação aprimorada os treinadores devem saberr que os atletas são uma das fontes mais importantes de aprendizagem e desenvolvimento da capacidade instrucional do treinador.

    Weinberg e Gould (2001) e Passadori (2003), Samulski e Lopes (2009) descrevem as seguintes diretrizes para os treinadores desenvolverem uma comunicação efetiva:

    - transmita as razões pelas quais espera (ou não espera) certos comportamentos de seus atletas;

    - use um estilo de comunicação que seja mais adequado com sua personalidade e sua metodologia de ensino. Não tente copiar o estilo de comunicação de outro professor apenas porque ele se comunica bem;

    - aprenda a se tornar mais empático, colocando-se no lugar de seus atletas. Demonstre preocupação por eles e procure entendê-los;

    - comunique-se de forma positiva, o que inclui o uso de elogios, encorajamento, apoio e reforço positivo;

    - sempre retribua o cumprimento dos atletas;

    - seja consistente ao administrar disciplina;

    - seja sincero e coerente;

    - fale de maneira clara e objetiva: a) organizando suas idéias antes de falar com os atletas; b) explicando tudo detalhadamente, mas sem fazer monólogos longos e cansativos; e c) usando uma linguagem que os jogadores compreendam;

    - diga em alto e bom tom e repita suas recomendações;

    - escute atenta e ativamente os atletas;

    - lembre-se de não julgar um orador pela aparência ou reputação;

    - "escute com seus olhos", observando a linguagem do corpo;

    - demonstre respeito e consideração;

    - formule perguntas para estimular os atletas a expressarem suas idéias e sentimentos;

    - crie condições favoráveis para que o atleta sinta-se à vontade na sua presença e para que a comunicação flua livremente.

    Barreiras à comunicação efetiva ocorre quando existe falta de atenção do receptor em relação ao orador; falta de confiança entre os que tentam se comunicar ou quando detecta-se dificuldades na expressão ou relutância naquele que se comunica, entre outras.

    2. Como técnico, você acabou de ter uma breve confrontação com um atleta sobre a quebra de algumas regras da equipe. Ele saiu intempestivamente do treino, sentindo-se furioso e aborrecido. Logo você vai encontrar-se com o atleta e provavelmente terá que confrontá-lo em relação a seu comportamento ¿ e possivelmente puni-lo por suas atitudes. Como você se prepararia para esse encontro e que princípios você empregaria para tornar essa confrontação um encontro positivo? Como o atleta poderia preparar-se melhor para o encontro?

    R: Uma confrontação quando adequadamente usada pode ajudar os envolvidos a entenderem e resolverem o problema instituído.

    Assim deve-se ter muito cuidado na hora da comunicação técnico/atleta, procurando dar tempo para diminuição da irritação inicial antes do momento da confrontação.

    Para evitar que a diferença de poder entre técnico/atleta possa intervir na confrontação, o técnico deverá dialogar com calma, com cautela, sem procurar dominar o atleta, mas sim objetivando resolver o problema, esclarecendo da necessidade de alertá-lo sobre o erro para que, em futuras situações, possa melhorar seu desempenho, informando-lhe como agir acertadamente numa outra situação semelhante em vez de simplesmente criticá-lo (abordagem negativa). Em resumo, tornar clara a mensagem ao atleta, passando-lhe um feedback instrutivo, sem envergonhá-lo, menosprezá-lo ou casar constrangimento que só contribuiriam para diminuição da auto-estima do atleta e prejuízo à confrontação.

    O atleta poderia se preparar melhor para a confrontação se controlar sua ansiedade e nervosismo, considerando a confrontação como uma crítica construtiva, sem sentir-se ameaçado, evitando que adote postura defensiva que certamente prejudica a comunicação.

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    Capítulo 11 ¿ Introdução ao treinamento de habilidades psicológicas

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você é técnico e decide que quer implementar um programa de THP iniciando em um período fora de temporada. Como você fará ? Quais são alguns dos perigos potenciais sobre os quais você deve estar ciente e o que você fará para superá-los?

    R: Devemos estar cientes de que aprender novas habilidades psicológicas requer um período de tempo considerável.

    Primeiramente avaliar-se-á as necessidades e os objetivos das habilidades psicológicas para delinear-se quais estratégias devem ser adotadas.

    Definidas as estratégias, segue-se o treinamento das habilidades psicológicas perseguidas (THP) como controle da ansiedade, atenção, mentalização, autoconfiança, regulação da ativação, estabelecimento de metas, entre outras.

    Criado o programa (definição das estratégias) para alcançar o objetivo desejado, colocado em prática, é extremamente importante que se avalie periodicamente o progresso do desempenho do programa e que se forneça aos atletas o resultado da avaliação bem como feedback (positivo e instrutivo) com relação a ele, ficando atento para possível necessidade de modificação quando necessário, inclusive por sugestões oriundas dos próprios participantes.

    Perigos potenciais podem surgir que vejam prejudicar a implementação do programa. Entre eles o pouco tempo dispensado ao THP, a falta de convicção dos atletas (confiança) quanto ao resultado positivo do THP , a falta de acompanhamento (avaliação) do programa em andamento, entre outras.

    2. Você quer iniciar um programa de THP com sua equipe e decide contratar um psicólogo do esporte para ajudar a administrar o programa. Discuta como você, o técnico, interagiria com o psicólogo do esporte. Qual seria seu papel no programa de THP? Discuta as limitações e as vantagens dessa abordagem.

    R: O técnico, por possuir maior contato com seus atletas, tende a ter um maior conhecimento sobre capacidade, potencial psicológico e fatores pessoais que tem ou possam intervir negativamente nos seus atletas. Repassando esse conhecimento ao psicólogo do esporte (interagindo) certamente contribuirá para um melhor rendimento quando da implementação do programa. Da mesma forma este conhecimento possibilitará ao técnico posição melhor em relação ao psicólogo quando de intervenções psicológicas no decorrer da temporada.

    Por outro lado, no momento da avaliação da implantação do programa, é fundamental que o técnico esteja presente e envolvido nela, até porque conhece melhor os pós e contras (físicos e mentais) de seus atletas o que possibilitará individualizar o programa que, sabe-se, tende a maximizar o seu sucesso.

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    Capítulo 12 ¿ Regulação da ativação.

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Você está se aprontando para jogar a final do campeonato e terminar sua temporada de voleibol em duas semanas. Você sabe que alguns de seus jogadores ficarão tensos e ansiosos, especialmente porque é a primeira vez que seu time chegou à final. Mas alguns jogadores ficam sempre lentos e parecem letárgicos no início dos jogos. Que tipos de técnicas e estratégias você empregaria para aprontar seus jogadores para este jogo?

    R: Procuraria adotar estratégias específicas às necessidades de cada atleta. Para os atletas que apresentam ansiedade cognitiva (ficam nervosos, ansiosos, talvez resultante da preocupação com seu fracasso) uma estratégia baseada na cognição para mudar padrões de pensamento provavelmente seria a mais apropriada.

    Por outro lado, aos que parecem letárgicos devemos detectar qual o motivo de sua letargia. Se for decorrente de tensão muscular aumentada (ansiedade somática) uma técnica de relaxamento baseada no físico, relaxamento progressivo por exemplo, poderá ser a melhor escolha. Se a letargia for resultado de falta de energia (sub-excitado) utilizar estratégia psicológica para induzir a ativação como o aumento do ritmo respiratório, mentalizações energizantes, entre outras.

    2. Lembre-se de uma ocasião em que você ficou realmente ansioso antes de uma competição e quando sua ansiedade teve um efeito negativo sobre seu desempenho. Agora você sabe bastante sobre relaxamento e técnicas de controle do estresse e conhece várias estratégias específicas de controle. Se você estivesse na mesma situação novamente, o que você faria (e por que) para preparar-se para controlar mais efetivamente sua ansiedade excessiva?

    R: Sabe-se que a ansiedade excessiva pode produzir tensão muscular e/ou pensamentos e cognições inadequadas (ansiedade somática e ansiedade cognitiva) o que , por conseqüência, prejudica o desempenho do atleta.

    Assim, o primeiro passo é verificar quais estressores específicos estão ocasionando a ansiedade e estresse.

    Quando seguramente se sabe que a ansiedade é de origem somática, a utilização de técnicas de redução da ansiedade somática como o relaxamento progressivo , controle da respiração, e treinamento para tomada de consciência e controle de respostas fisiológicas (biofeedback) certamente diminuirá ou eliminará a ansiedade ou, quando se tem certeza tratar-se de ansiedade cognitiva, técnicas para o relaxamento da mente como o método de Benson (resposta de relaxamento) entre outras deve ser utilizada.

    Por outro lado, não se tendo certeza quanto a ser somática ou cognitiva, até pela produção de efeitos "cruzados" (técnicas de relaxamento da ansiedade somática produzem diminuições na ansiedade cognitiva e vice-versa), estudiosos do assunto têm recomendado a utilização de pacotes multimodais para redução da ansiedade.

    Também podemos complementar o uso das técnicas e estratégias psicológicas utilizando procedimentos específicos que visem inibir o estresse e ansiedade, como o treino sob pressão para simular e treinar situações estressantes, foco de atenção no presente (pensamento em ações do passado e o que poderá ocorrer no futuro geralmente aumentam a ansiedade), entre outros.

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    Capítulo 13 ¿ Mentalização.

    Questões de Pensamento Crítico

    1. Pense em um esporte ou em uma atividade física que você aprecia (ou costumava apreciar). Se você fosse usar mentalização para ajudar a melhorar seu desempenho e para aumentar a experiência de sua participação, descreva como você estabeleceria um programa de treinamento para você mesmo. Quais seriam as principais metas desse programa? Que fatores você teria que considerar para aumentar a efetividade de sua mentalização?

    R:.

    É recomendável para um maior rendimento no treinamento da mentalização que ela seja adaptada (individualizada) no sentido de ir de encontro às capacidades e às necessidades do agente. Assim, como primeiro passo avaliaria o meu nível de habilidade de mentalização (utilização de questionário de mentalização, por exemplo)..

    Para dar efetividade a mentalização, ela deve tornar-se uma rotina diária.. Para sistematizá-la a incluiria antes e depois de qualquer treinamento.

    Ato contínuo, em ambiente que me proporcione a menor probabilidade de desvio de atenção (sem distrações), precedido de uma técnica de relaxamento (relaxamento progressivo, respiração profunda, entre outras) iniciaria o processo de mentalização, utilizaria todos os meus sentidos objetivando visualizar o movimento a ser treinado de maneira mais próxima do real possível.

    2. Como instrutor, você quer usar mentalização com uma turma, mas os alunos são um pouco céticos acerca de sua efetividade. Usando relatos empíricos, estudos de caso e evidências de experiências, convença-os de que a mentalização seria um grande acréscimo para tornar a experiência de aula mais positiva.

    R: Inúmeros trabalhos científicos e empíricos têm sido publicados apontando a mentalização como fator importante no desempenho não só no esporte mas também nas várias fases e etapas da vida do homem.

    Nesse sentido, dissertação apresentada por Patrícia Barbosa Martins Trichês como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina concluiu que a mentalização juntamente com o exercício aeróbio causaram diminuição significativa do índice de massa corporal entre os adolescentes.

    Outros pontos importantes relacionados ao trabalho foram os comentários feitos pelos participantes onde os adolescentes relataram a importância em imaginar o que deveriam comer, a quantidade, acharam muito interessante e passaram a fazer isto rotineiramente. Também utilizavam a mentalização antes das provas, antes de conversas com os pais, entre outras. Relataram também que após a mentalização ficavam mais dispostas e motivas a praticar exercícios físicos, o que vem confirmar pesquisas em psicologia do exercício que concluem com a melhoria do desempenho quando une-se exercícios físicos com técnicas cognitivo comportamentais.

    No esporte de auto rendimento a grande tenista Chris Evert ensaiava cuidadosamente cada detalhe de uma parte (estratégia, estilo, escolha de saques de sua adversária, entre outras). Ela descreve o uso da mentalização para preparar-se para uma partida nestes termos: "Antes de jogar, tento ensaiar cuidadosamente o que pode acontecer e como reagirei em certas situações. Visualizo-me jogando com base no estilo de jogo de minhas adversárias. Vejo-me fazendo lançamentos velozes e longos a partir da linha de fundo e chegando à rede se a resposta for fraca. Isso ajuda a me preparar para uma partida, e me sinto como se já tivesse jogado a partida mesmo antes de entrar na quadra".

    Finalizando, sabe-se que antes de uma casa ser construída, imagina-se como vai ser a construção, qual o número das dependências. Que terá, etc. Faz-se o projeto para depois começar as obras. Trabalha-se primeiro com a mente para ter uma imagem clara daquilo que se deseja ver construído. Esse é um exemplo prático do arquétipo mental, conceito usado por Jung para mostrar que tudo é criado duas vezes: primeiro no plano mental e depois no físico.

    Assim, quando fazemos uma mentalização, além de utilizar o arquétipo mental, atuamos no plano energético. Já se constatou que o pensamento desprende certa quantidade de energia proporcional à sua intensidade e que tem efeitos tanto no mundo exterior, quanto no seu corpo. Quanto mais concentrados e por mais tempo e vezes imaginamos, mais energia é direcionada para este fim.

    Verificamos este efeito fazendo a experiência relatada no livro Tratado de Yôga, do escritor De Rose:

    1 Coloque algumas sementes de feijão sobre algodão úmido em dois potes. Cada um com a mesma quantidade de algodão, de água e de sementes. Os dois devem receber a mesma quantidade de ar e de luz.

    2 Todos os dias, pela manhã e à noite, dirija-se a um grupo de sementes, sempre o mesmo, e mentalize que está crescendo. O conteúdo do outro prato deve ser simplesmente ignorado.

    3 No final de uma semana, compare as duas porções de sementes. Em noventa por cento dos casos, aquela que você mentalizou para crescer estará mais desenvolvida que a outra. Perceba que se você tem o poder de influenciar uma planta que está fora do seu corpo, imagine a sua capacidade de transformar-se!

    Entretanto, cabe salientar, não basta apenas visualizar. Também é necessário que, ato contínuo, se passe para a concretização da ação efetiva. A ação é o coroamento do arquétipo mental formado. Primeiro imagine-se realizando a ação requerida. Depois, execute-a várias vezes até aprender.

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    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 14 ¿ Autoconfiança

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é o novo técnico de um time de basquetebol infantil. Você acabou de selecionar seu time após testes rigorosos. Você sente que o time terá atletas de grande talento e capacidade, e você quer ser capaz de desenvolver o talento dos mais jovens. Mas você também sabe como é fácil cair na armadilha de criar expectativas diferenciais em relação aos vários atletas. Usando o processo de quatro passos para como as expectativas de técnicos podem influenciar seus próprios comportamentos e o de seus atletas, que tipos específicos de feedback ou instrução você usaria para manter altas as expectativas de todos os seus atletas? Como você estruturaria os treinos para ajudar a manter altas as expectativas dos atletas.? 1 Você é o novo técnico de um time de basquetebol infantil. Você acabou de selecionar seu time após testes rigorosos. Você sente que o time terá atletas de grande talento e capacidade, e você quer ser capaz de desenvolver o talento dos mais jovens. Mas você também sabe como é fácil cair na armadilha de criar expectativas diferenciais em relação aos vários atletas. Usando o processo de quatro passos para como as expectativas de técnicos podem influenciar seus próprios comportamentos e o de seus atletas, que tipos específicos de feedback ou instrução você usaria para manter altas as expectativas de todos os seus atletas? Como você estruturaria os treinos para ajudar a manter altas as expectativas dos atletas.?

    R: Para que se evite expectativas incorretas com relação aos seus atletas, o técnico deve estar consciente de como chegou até aquela expectativa (de que forma) para evitar avaliação equivocada.

    Assim, o técnico deve considerar o maior número possível de informações sobre os atletas (desempenho anterior, sinais pessoais, testes de habilidades, entre outras) antes da tomada de decisão no que se refere a ter expectativa de desempenho com este ou aquele atleta.

    Por outro lado, deve o técnico ficar atento, monitorando, sistematicamente, a quantidade e qualidade de reforço e feedback (positivo, instrutivo) repassado, assegurando que a totalidade dos atletas recebam a sua porção devida.

    Objetivando manter alta a expectativa (eficácia) deve-se procurar desenvolver a autoconfiança de todos os atletas e também a autoconfiança grupal. Para isso, manter o ambiente pré-competitivo extremamente positivo; estabelecer metas (curto e longo prazo) realistas e desafiadoras: tenha alta expectativas para todos os atletas: fornecimento de feedback positivos e elogios condicionais.

    Juntamente com a maximização da autoconfiança, não se pode esquecer de repassar rotina de treinamento utilizando técnicas e estratégias psicológicas e condicionamento físico, haja vista que

    2. As vezes, criamos barreiras psicológicas para nós mesmos não acreditando que podemos realizar alguma coisa. Discuta três situações em sua vida (ou de um amigo ou de um membro da família) em que foi criada uma barreira psicológica. Como você poderia controlar as coisas para criar uma expectativa mais positiva?

    R: Quando temos baixa autoconfiança começamos a duvidar do nosso próprio desempenho ou seja, criamos barreiras psicológicas que só prejudicam o nosso desempenho na realização de determinada tarefa.

    Bandura (1990) afirma que a autoconfiança se refere ao grau de firmeza e convicção numa determina crença, mas sem especificar a situação. Para Weinberg e Gould (2001), a autoconfiança é a crença que o atleta tem nele mesmo de que pode executar com sucesso um comportamento desejado, ele acredita que irá conseguir vencer o desafio. Para Machado (2006), a autoconfiança, quando apresentada em um grau adequado atua positivamente no combate aos sentimentos de medo e de vergonha. O processo de auto-julgamento terá muita importância neste contexto, considerando que atletas confiantesconfiam em si mesmos tanto na capacidade de realizar objetivos como na de desenvolver habilidades para tanto. Este mesmo autor ainda caracteriza a autoconfiança como uma alta expectativa desucesso, alegando que a mesma pode despertar emoções positivas, como favorecer a concentração, facilitar o estabelecimento de metas, aumentar o esforço destinado à determinada tarefa e fortalecer a focalização de estratégias (MACHADO, 2006).

    Nesse contexto, devemos aumentar (desenvolver) nossa autoconfiança, ou seja, temos que superar a profecia auto-realizável negativa modificando o "momento" psicológico negativo para positivo, aumentando nosso índice de expectativa de melhora de desempenho para o nosso nível ideal (individualizado), pois conforme a literatura (Weinberg e Gould (2001), manter as expectativas altas preserva a autoconfiança, produzindo um efeito poderoso positivo na performance, possibilitando a superação das barreiras psicológicas.

    Para Weinberg e Gould (2001), a autoconfiança pode ser desenvolvida pelo trabalho, pela prática e pelo planejamento. Para eles, pensamentos, sentimentos e comportamentos estão inter-relacionados. Portanto, quanto mais um esportista agir com confiança, maior a probabilidade dele sentir-se confiante. Por outro lado, deve-se ficar atento para saber se as auto-expectativas de desempenho atual e as expectativas futuras de melhora dos atletas condizem com a realidade vivida pelos mesmos, para que estes não venham a sofrer ou manifestar efeitos negativos, como excesso ou falta de confiança, insegurança, medos e anseios.

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    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

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    Capítulo 15 ¿ Estabelecimento de metas

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Usando o que você aprendeu neste capítulo, crie um programa de estabelecimento de metas para um estudante universitário que deseja começar um programa de exercícios para perder 12 quilos.

    R: Para que estratégia seja efetiva a literatura (DOSIL, 2004; WEINBERG e GOULD, 2001) apresenta alguns critérios a serem seguidos no desenvolvimento da estratégia:

    Escrever (registrar) as metas

    Desenvolver estratégias para atingir as metas

    Considerar possíveis influências no sistema e personalidade do atleta

    Revisão de metas (metas flexíveis)

    Data limite para cumprimento

    Apóie a meta (não perder o foco)

    Fazer avaliações e fornecer feedback sobre as metas

    Assegurar que a meta estabelecida é a meta perseguida

    As metas devem ser elaboradas junto com o atleta (estimular o atleta a criar as metas)

    Estabelecer metas específicas, metas de longo e curto prazo

    Estabelecer metas de treino e competição

    Estabelecer prioridades (hierarquia de metas)

    As metas devem ser compatíveis (quando do estabelecimento de mais de uma)

    Metas realistas e alcançáveis

    Assim, o programa aconselhável para perder 12 quilos deve estabelecer meta objetiva voltada para o resultado (perder 12 quilos) a longo prazo (1 ano), voltada ao desempenho individual que se resume em caminhar 5 Km nos primeiros seis meses, durante 5 dias na semana (flexibilidade na estratégia para atingir a meta) simultaneamente com reeducação alimentar (ingerir no máximo 2000 Kcal/dia) e no que se refere ao processo/realização deve caminhar com braços em constante movimento e pernas com "passadas" de 1,5 metros. As três formas de metas deverão coexistir durante o ciclo de treinamento, pois se complementam.

    Após avaliação e fornecimento de feedback positivo sobre o atingimento da meta verificaremos a necessidade de aumento do exercício físico para 10 Km por dia.

    2. No quadro da página 332 é discutida a importância de se priorizar metas subjetivas gerais. Identifique suas metas subjetivas mais importantes, listando-as e priorizando-as. Como você usaria essas metas para orientar suas ações cotidianas?

    R: "Metas Subjetivas" são as metas globais do indivíduo.

    Minhas metas subjetivas em ordem de prioridade concluir o curso de graduação em educação física: iniciar curso de pós-graduação e realização de meu casamento.

    Estas metas são muito importantes porque algumas pessoas têm muitas aspirações e querem realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, traçando metas subjetivas ou globais eles selecionam as prioridades visando o objetivo maior, sem perder tempo com outras metas menos importantes.

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    Capítulo 16 ¿ Concentração

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é convidado a escrever um artigo sobre tensão para um jornal especializado em seu esporte. Eles querem que você defina o que é (e não é), quando ocorre, por que ocorre e como você poderia ajudar os atletas a evitá-la. Escreva o artigo.

    R: Um indivíduo submetido a uma demanda situacional (tarefa) em um segundo momento fará uma avaliação cognitiva (interpretação da tarefa) julgando-a mais ou menos "ameaçadora". Caso passe a avaliar a situação como prejudicial ou ameaçadora então, com o tempo, tenderá a tornar-se crônica esta percepção ameaçadora, levando a produzir respostas (alterações) fisiológicas e psicológicas entre elas a tensão.

    Assim, quando se fala em controle da tensão, está se referindo ao controle dos níveis de ansiedade (nervosismo) que experimenta o esportista antes, durante e depois da competição. Com o termo "tensão" se faz referencia ao estado afetivo do atleta submetido a influencia de duas forças opostas: de um lado o desejo de alcançar algo e do outro todas as dificuldades (tanto internas quanto externas) que isto acarreta;. Assim, todo o esforço do atleta para resolver um problema põe o organismo em tensão, a qual, no caso de ser excessiva ou demasiado baixa, se converte em um obstáculo a mais que dificulta a obtenção do resultado desejado, sendo conveniente regulá-la. A tensão excessiva é um obstáculo porque gera ansiedade (nervosismo) com o qual se bloqueiam e entorpecem as decisões e respostas do sujeito; o relaxamento excessivo também é um obstáculo porque fomenta um afrouxamento (distensão) do corpo (muscular e mental), o que não é congruente com a atividade esportiva devido a que esta sempre requer um mínimo de tensão.

    Conforme dito no início, quando estamos falando de "tensão mental", é importante levar em conta que esta sempre será influenciada por aspectos subjetivos (de cada desportista), já que dependendo da interpretação que ele tenha da situação e das próprias possibilidades, se gerará mais ou menos tensão.

    Pesquisadores concluíram que a tensão se faz presente através de nossos sistemas bioquímicos (níveis de adrenalina e noradrenalina) e fisiológicos (taxa de batimentos cardíacos, pressão sanguínea, tensão muscular, entre outras), assim como de nossa conduta (nervosismo, enjôos, temores, aflição, sensação de angustia, entre outras). Os estímulos que a produzem podem ser de origem biológica (mudanças de tipo fisiológico, com independência da interpretação que o sujeito faça delas) e/ou psicosocial (estímulos que são interpretados pelo próprio sujeito e é esta interpretação que os converte em ansiógenos ou não).

    Nesse contexto, necessitamos regular o nível de tensão do atleta para um nível ideal que, sabe-se, varia segundo cada tipo de esporte. De maneira geral, se pode dizer que os esportes que exigem uma maior precisão são os que requerem um estado de tensão com uma tendência ao relaxamento, enquanto que os esportes que implicam uma maior atividade física necessitam níveis de tensão mais elevados.

    Para regular o nível de tensão utilizamos formas de intervenção entre as quais:

    TÉCNICAS PARA DIMINUIR A TENSÃO.

    1.TÉCNICAS DE RESPIRAÇÃO.- Podem ser de 2 tipos "Técnica Respiratória de Fases" e a "Técnica Respiratória Rítmica"; uma respiração adequada irá permitir uma oxigenação mais completa e portanto um melhor funcionamento de todos os sistemas. Conforme nos ensina Lichestein (1988) com a utilização das técnicas respiratórias o que se produziria seria uma Hipercapnia (aumento dos níveis de CO2 no sangue) e seus efeitos se traduzem numa diminuição da freqüência cardíaca, depressão da atividade cortical e sonolência. Devem-se adaptar as técnicas de respiração às características de cada esporte e tipo de competição, para que o desportista as possa utilizar no momento preciso; com as técnicas de respiração o que estamos fazendo é "interromper" a resposta fisiológica relacionada com o processo de Ativação (aumento de tensão).

    2.TÉCNICAS DE RELAXAMENTO.- Existem diversas técnicas de relaxamento, as quais se pode dividir em dois grandes grupos: as que partem do corpo para mente e as que atuam de forma contrária, da mente para o corpo; uma das mais conhecidas e utilizadas, é o "Relaxamento Progressivo" (Jacobson 1938), o qual consiste em ensinar ao sujeito a relaxar-se mediante exercícios de tensão e distensão dos diferentes segmentos que formam o corpo; esta técnica pode ser muito útil para os desportistas que apresentam uma grande "tensão" antes da competição, já que aprendem a reconhecer as sensações que lhe enviam seus músculos e a relaxá-los. Os principais efeitos produzidos pelo relaxamento são: diminuição da atividade simpática, diminuição da freqüência cardíaca, trocas respiratórias com regularização do ritmo respiratório**, mudanças nos ritmos cerebrais Alfa e beta e outros efeitos centrados no âmbito cognitivo relacionados com sensações de tranqüilidade, paz e placidez geral. Igualmente às técnicas respiratórias, as técnicas de relaxamento devem se adaptar às características de cada esporte e tipo de competição, para que o atleta as possa utilizar no momento preciso.. A respiração consta de dois ciclos: um para dentro, quando inspiras e outro para fora, quando expiras.

    3.TÉCNICAS COGNITIVAS.- Outra forma de intervenção é trabalhar no âmbito cognitivo, com o fim de modificar "falsas" ou "errôneas" interpretações que o desportista faz dos diferentes estímulos e situações que se apresentam; esta forma de intervenção pode ser muito útil nos casos em que a tensão do desportista se deva basicamente a interpretação que o sujeito faz da situação, normalmente exagerando-a. Em um nível mais operativo e nos esportes e situações que as permitam, é conveniente definir um ritual de execução e que o desportista pense no dito ritual enquanto o realiza, isto contribui para que se "percam de vista" estímulos externos que poderiam funcionar como estressores para o mesmo, enquanto, propiciam a concentração e atenção na atividade que se está realizando.

    TÉCNICAS DE ATIVAÇÃO.

    Na realidade se tem escrito pouco sobre Técnicas de Ativação, de acordo com alguns questionários que se aplicaram entre desportistas (Gould e Jackson 1980), em termos gerais definiram a ativação preparatória como "intenção de estar alerta e com o moral alto"; nesta definição se pode ver que a "ativação" basicamente está relacionada com a excitação ("impulsividade" e alerta) experimentada imediatamente antes de iniciar a execução.

    Para propiciar o aumento dos níveis de Ativação, se pode partir de dois caminhos: o biológico - se provoca o aumento da ativação através de substâncias (vale lembrar que os níveis das substâncias não podem ultrapassar os limites permitidos pelas federações correspondente); e/ou o psicosocial ¿ quando, para ajudar os atletas a lidar com a ocorrência da tensão, podemos nos valer da "Modelagem de Tensão" que é uma técnica utilizada para expor o atleta às tensões da competição durante os treinos, para ajudá-lo a enfrentar as tensões no momento da competição em si. Quanto mais real for o trabalho realizado mais eficaz será o resultado. A simulação precisa ser realizada em níveis próximos ao real, para permitir que os sujeitos envolvidos possam vivenciar emoções próximas àquelas que o acompanharão nas partidas

    2. Você está treinando o time infantil de um clube (escolha seu esporte) e o time tem o hábito de perder a concentração durante a competição. Você quer trabalhar com seus atletas para aumentar suas habilidades de concentração e para manter a atenção deles focalizada durante toda a competição. Descreva os treinos, exercícios e estratégias que você usaria com o time para ajudar seus membros a desenvolverem habilidades de concentração.

    R: Para o sucesso no esporte um bom nível de concentração é condição básica. Mas não somente no esporte, assim é também em qualquer setor de nossas vidas. Sem concentração não conseguimos realizar nenhuma atividade de alto rendimento. Uma atividade sem concentração ideal, é uma atividade sem intensidade e sem coerência, portanto, sem qualidade.

    Para iniciarmos o processo de uma boa concentração antes de tudo é necessário auxiliar nosso organismo (corpo/mente) a acionar da melhor maneira possível todos os órgãos sensoriais envolvidos na ação (ficarmos em estado de alerta, ou seja, manter nossos órgãos sensoriais em ótimo nível de funcionamento, Consegue-se a "sensibilização" fazendo exercícios respiratórios e movimentos com grande intensidade e de curta duração (saltito, agitação de braços e mãos, pescoço e outros).

    Fatores internos (pessoais) nos dispersam (perda da concentração) entre eles a introspecção demasiada, que é pensar excessivamente acerca da sua própria vida (problemas pessoais, preocupação com o sucesso ou fracasso). Assim, para atingir um bom nível de concentração é preciso regular o estado emocional (harmonia da excitação emocional) a fim de evitar tensões, apreensões, nervosismo e outros sentimentos correlatos. Esses sentimentos invadem a nossa mente geram aflição e pensamento negativo, causando impedimento para organizar e sistematizar nossas ações. Assegurar sentimentos compatíveis com a tarefa a ser realizada é pré-requisito para liberar nossa energia psíquica de maneira positiva e nos concentrarmos Para tanto, nível adequado de relaxamento, controle do estado de ansiedade, confiança e motivação adequada, por exemplo, fazem com que a mente tenha condições favoráveis de "trabalhar suavemente", com precisão e com pensamentos positivos.

    Também a; tensão demasiada no momento de pressão distrai e desvia a nossa mente para longe da boa execução da tarefa e portanto, devemos procurar controlar o foco sob pressão. A nossa mente deve estar voltada (concentrada) ao sinal (estímulo) relevante à tarefa ao mesmo tempo em que se desfoca todos os sinais irrelevantes, bem como mantê-lo resistente até o final da tarefa (manutenção do foco)..

    Por outro lado, devemos ter consciência da situação, ou seja, dominar a exigência técnica e o plano de ação (tática) daquilo que se tem a fazer ou parte do que se está aprendendo (será praticamente impossível tentar aumentar rendimento utilizando a concentração na execução de tarefa na qual a não dominamos tática e técnicamente) para que no momento da ação não seja necessário fazer uma análise excessiva da técnica da atividade pois quando se pensa demasiadamente em como realizar uma atividade, não é possível concentrar-se nos sinais relevantes do momento e a capacidade de avaliar conscientemente qual a melhor decisão a ser tomada fica prejudicada. Nesse caso recomenda-se o aprimoramento técnico, para que na hora de realizar a tarefa nossa autoconfiança esteja maximizada sem necessidade de ficar pensando em como fazer e assim "desocupando" a mente para concentrar-se nos sinais relevantes do momento. Também a fadiga (física e psicológica) interfere na mantença do foco da ação pois a fraqueza (força psicofísica e capacidade de relaxar) são opostas a concentração. Assim, recomenda-se um treinamento objetivando um bom nível de condicionamento físico o que, certamente, contribuirá para obtermos uma boa concentração.

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    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

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    Capítulo 17 ¿ Exercício e bem-estar psicológico

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você foi convidado a contribuir para o relatório do Ministério da Saúde sobre a relação entre exercício e bem-estar psicológico. Que pontos-chave você incluiria com base na pesquisa empírica nessa área? Que orientações você sugeriria para maximizar a efetividade do exercício na intensificação do bem-estar psicológico positivo?

    R: Hoje em dia existem amplas evidências científicas de que a atividade física regular tem benefícios inquestionáveis para a saúde física e psicológica, que por sua vez são causadores de um impacto significativo no bem-estar geral do sujeito em todas as idades.

    O sedentarismo é considerado um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, tendo como uma de suas principais conseqüências, as doenças cardiovasculares (AROUCA, 2003). Essas doenças tornam-se um paradigma que relaciona a exposição ao efeito, entendendo exposição como uma rede multicausal de fatores determinantes das doenças (BREIH, 1996; DA ROS 2000).

    Estudos demonstram que a prática regular de atividade física durante 90 a 120 minutos semanais também promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o aumento da densidade mineral óssea, a melhora da utilização de glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a melhora de força e de flexibilidade, a diminuição da resistência vascular, diminuição da manifestação de certos tipos de câncer, entre outros. E, como benefícios psicossociais encontram-se o alívio da depressão, o aumento da autoconfiança, a melhora da auto-estima (GOLDBERG, 2001; FANCHI, 2005).

    Uma pessoa que realiza atividade física em grupo e se perceba integrada ao mesmo dificilmente se sentira só. O homem é incontestavelmente um ser social, pois é feito para a relação com outros homens (CAGIGAL, 1981; NAHAS et al, 2003; SABA, 2001; WEINBERG; GOULD, 2001).

    Para maximizar a efetividade do exercício na intensificação do bem-estar psicológico positivo devemos:

    a) praticar exercícios aeróbios e anaeróbios, haja vista que até o momento não se pode precisar qual fornece melhor resposta para a intensificação do bem-estar.

    b) praticar diária e regulamente o exercício.

    c) implementação de programas mais longos tem sido mais efetivos do que programas mais curtos.

    2. A mesa redonda do Instituto Nacional de Saúde Mental chegou a diversas conclusões sobre exercício e saúde mental. Você é administrador em um programa de ACM ou em uma academia de ginástica e ficou sabendo que muitos participantes estão abandonando seus programas de exercícios. Embora haja muitas razões para isso, você sente que uma forma de trazê-los de volta é enfatizando os sentimentos positivos que estão freqüentemente associados com exercício. O que você aconselharia que seus instrutores fizessem para ajustar a estrutura de seus programas a fim de maximizar os aspectos de bem-estar psicológico do exercício?

    R: Implementação de programas mais longos tem sido mais efetivos do que programas mais curtos.

    Intervenções que "motivem os estudantes a mexerem-se" e a mudarem os seus comportamentos e práticas regulares.

    Também recomenda-se a aplicação de "dose ideal" de intensidade para exercício físico específico, evitando-se contusões e impacto negativo na mudança de atitudes nas diferentes dimensões.

    Também fatores relacionados ao ambiente (local e equipamento) que devem ser adequados a fim de prevenir a evasão e prevenção de problemas de saúde.

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    Capítulo 18 ¿ Comportamento e adesão ao exercício

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você foi contratado como novo diretor de condicionamento por uma academia de ginástica. A taxa de desistência foi grande no passado. Você sabe que a adesão ao exercício é difícil, mas seu chefe quer que você aumente as taxas de participação e adesão. Como você realizaria a tarefa de criar um programa que aumentasse as taxas de adesão? Seja específico em relação aos princípios que você usaria e aos programas que você implementaria.1 Você foi contratado como novo diretor de condicionamento por uma academia de ginástica. A taxa de desistência foi grande no passado. Você sabe que a adesão ao exercício é difícil, mas seu chefe quer que você aumente as taxas de participação e adesão. Como você realizaria a tarefa de criar um programa que aumentasse as taxas de adesão? Seja específico em relação aos princípios que você usaria e aos programas que você implementaria.

    R: É necessário verificar a existência ou não de tratamento individualizado no que se refere aos clientes, ou seja, se ocorreu adaptação de tratamento às características e às necessidades específicas do indivíduo .

    Por outro lado, investigar-se os fatores (pessoais, ambientais) que estão interagindo na taxa de adesão e desistência e a utilização de estratégias para aumentar a adesão ao exercício como fornecimento de desconto na parcela de pagamento para àqueles que apresentarem assiduidade, oferecimento de variedade de atividades ao cliente e de feedback positivo, entre outras, objetivando-se conseguir um ambiente e o exercício físico agradável e conveniente.

    2. Uma grande empresa está se preparando para construir uma nova academia de ginástica. Eles o contratam como consultor para discutir o que incluir na academia, onde construí-la, que equipamentos comprar e outros fatores para maximizar a participação do público. Com base no que você sabe a partir da pesquisa sobre os determinantes da adesão ao exercício, que recomendação específica você daria à empresa?

    R: Sabedor do público alvo da academia, equipá-las com equipamentos que possibilitem individualizar o tratamento ao cliente, bem como utilização da abordagem ambiental como estratégia para aumentar a adesão.

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    Capítulo 19 ¿ Lesões esportivas e psicologia

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Um amigo próximo sofreu uma grave lesão no joelho e precisará de cirurgia. Dentre o que você aprendeu o que pode ajudá-lo a preparar seu amigo para a cirurgia e para a recuperação?

    R: Sabe-se que estratégias psicológicas podem ajudar na reabilitação do lesionado. Assim, o tratamento da lesão deve incluir técnicas psicológicas para aumentar o processo de cura e a recuperação.

    Nesse contexto, deve-se desenvolver um contato duradouro com a pessoa lesionada , demonstrando empatia e informando que está ao seu lado empenhado em recuperá-lo e que com o esforço de ambos atingiram o resultado esperado. Para facilitar a recuperação por parte do lesionado deve-se instruí-lo de como foi a lesão e qual o processo de recuperação, bem como prepará-lo para lidar com os estágios de recuperação, incluído aí a possibilidade de ocorrência de retrocesso.

    Finalmente, ensinar (treinar, se possível) habilidades psicológicas específicas de controle da lesão como mentalização positiva, visualização de imagens com o joelho já recuperado, treinamento de relaxamento para amenizar a dor e o estresse, entre outras.

    2. Elabore um discurso persuasivo para convercer um centro de medicina esportiva a contratar um especialista em psicologia esportiva. Como você convenceria os diretores do centro de que pacientes e clientes se beneficiariam?

    R:

    Finalmente passa a ser de domínio público a concordância de que a preparação psicológica é parte indispensável para maximizar o rendimento esportivo do atleta. Um especialista em psicologia esportiva, entre outras funções, atua na preparação psicológica do atleta.

    O tripé básico da maximização do rendimento esportivo se dá quando houver o equilíbrio entre as habilidades físicas, habilidades técnicas e táticas, e as habilidades psicológicas, não havendo nenhuma possibilidade de se ter uma performance esportiva máxima quando faltar um destes fatores.

    Sabe-se que fazem parte da atividade do atleta o bloqueio emocional, ansiedade pré-competitiva, insônias, confiança, medo da derrota, pressão, raiva, pensamentos destrutivos, estresse, concentração, determinação, motivação, ativação, metas, rotinas pré-competitivas, relaxamento, fadiga, tensão, superação, mentalização, excesso de treinamento, liderança dos técnicos, união do grupo, lesões, controle da dor, entre outros comportamentos e emoções que, por outro lado, são matéria prima de trabalho do Psicólogo Esportivo.

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    Capítulo 20 ¿ Comportamentos adictivos e patológicos

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Você é contratado como consultor para o departamento esportivo de um clube. Seu principal trabalho é criar um programa que reduza o uso de drogas e álcool pelos atletas. Discuta em detalhes que tipo de programa você implementaria, mostrando sua relação com as razões para o uso de substâncias.

    R:

    2. Você está treinando uma equipe de ginástica feminina infantil. Você sabe que os distúrbios alimentares tendem a ser elevados nessa população. Como você estruturaria seus treinamentos e competições para minimizar a possibilidade de ocorrência de distúrbios alimentares entre seus atletas? O que você faria se descobrisse que uma de suas atletas tem um distúrbio alimentar?

    R:

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    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO ESPORTE E EXERCÍCIO

    PROFESSOR: DR. EMÍLIO TAKASE

    ALUNO: CARLOS FREIBERGER FERNANDES

    Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício

    Capítulo 21 ¿ Burnout e treinamento excessivo

    Questões de Pensamento Crítico

    1 Três modelos de burnout no esporte foram apresentados: o modelo cognitivo-afetivo de estresse, o modelo de resposta negativa de estresse ao treinamento e o modelo de desenvolvimento de identidade unidimensional e controle externo. Descreva as semelhanças e as diferenças entre esses modelos. Com base neles, quais são as três coisas que você faria se fosse um técnico para prevenir burnout em seus atletas?

    R: O modelo cognitivo-afetivo de estresse é com base no estresse e envolve componentes psicológicos, fisiológicos e comportamentais. Aqui o estresse é ocasionado pela avaliação cognitiva considerada ameaçadora e prejudicial no entendimento do atleta que, dependendo da personalidade e de sua motivação poderá levar ao Burnout.

    O modelo de resposta negativa de estresse ao treinamento focaliza-se mais nas respostas ao treinamento físico embora reconheça a importância dos fatores psicológicos. Aqui é o treinamento físico é o estressor. O estresse é oriundo do treinamento físico (tarefa) que é recebido com adaptação negativa (resposta inversa daquela esperada) e como resultado leva ao Burnout.

    O modelo de Coakley (modelo de controle externo) é de natureza mais sociológica e o estresse é apenas um sintoma e não a causa real que leva ao Burnout. Aqui se atribui à organização social do esporte, que tolhe a vida social e o poder de decisão do atleta, levando-o ao estresse que, potencializado, conduz ao Burnout.

    Nesse contexto, com base nos modelos, para prevenir Burnout é aconselhável realizar treinamento moderado (não excessivo), repassando poder de decisão e autorizando dia de folga para relaxamento do atleta. Visando regular a avaliação cognitiva ameaçadora é recomendável treinar o atleta (THP) no que se refere ao auto-regulação, desenvolvemento habilidfades psicológicas como relaxamento, mentalização, diálogo interior positivo, entre outras.

    2. Gould e seus colegas conduziram entrevistas exploratórias com jovens tenistas que tinham abandonado o jogo precocemente porque se sentiam esgotados. Com base nos resultados desse estudo, discuta cinco exemplos de conselho que você poderia dar a técnicos, pais e atletas para evitar o burnout?

    R: Recomendar que atletas em idades precoces evitem iniciar treinamento.

    Evitar treinamento excessivo que acaba por impossibilitar ao atleta tempo para realização de sua vida social e, tolhendo seu lazer e recreação.

    Não impor pressão (por parte de técnicos e pais) ao atleta visando à vitória, pois impõe pressão psicológica que tende a levar ao estresse.

    Procurar comunicar-se com o atleta visando averiguar o real motivo que o coloca no treinamento, evitando a permanência coercitiva.

    Estabelecer metas de curto prazo para competição e treino o que tende a aumentar o autoconceito (automotivação).

    Florianópolis, 8 de fevereiro de 2010.

    Jaime Luiz Vicari

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    Gabinete Des. Subst.Jaime Luiz Vicari

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