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27 de Abril de 2024
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    Solto, juiz pedófilo, pede aposentadoria no TRT do Amazonas

    Publicado por Espaço Vital
    há 15 anos

    "Tio Branquinho" gosta de meninas - quanto mais novas, melhor. Ele mora na pequena Tefé, no interior do Amazonas, cidade de 65 mil habitantes, onde só se chega por barco, numa aventura que se prolonga por quatro horas partindo de Manaus.

    "Tio Branquinho" - como é chamado pelas alunas da Escola Estadual Frei André da Costa - comunga de uma mentalidade tristemente comum nos Estados do Norte e do Nordeste: a iniciação sexual de meninas, sejam crianças ou adolescentes, por homens mais velhos. Todo mundo em Tefé conhece há anos os hábitos sexuais de "Tio Branquinho".

    Sobre o juiz preso há pouco mais de duas semanas (leia as matérias anteriores do Espaço Vital ), a revista Veja desta semana pública a matéria Cultura da Pedofilia, onde revela que "a permanência na prisão do magistrado foi de meros cinco dias - ele foi solto depois de a polícia ter cumprido os mandatos judiciais em busca de mais provas contra ele".

    As primeiras evidências sobre os abusos sexuais cometidos por Antônio Carlos Branquinho surgiram em março deste ano. Uma moradora de Tefé enviou um email ao Tribunal Regional do Trabalho, em Manaus. Nele, além de fazer a denúncia de pedofilia, ela anexou fotos tiradas pelo próprio Branquinho, nas quais crianças estão nuas e o magistrado aparece fazendo sexo com algumas delas, na própria sede da vara de Trabalho de Tefé.

    As fotos acabaram no Ministério Público Federal, que detém a prerrogativa de investigar o juiz ele tem foro privilegiado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que fica em Brasília. Assim que perceberam a gravidade do caso, os procuradores de Brasília viajaram até Tefé. Ao lado de policiais federais, descobriram duas testemunhas, antigos funcionários da justiça trabalhista, que confirmaram a constância e a natureza das práticas sexuais do juiz.

    Conta a revista Veja que um dos servidores - que teme represálias, porque Branquinho tem sete armas registradas em seu nome -, narrou que "via frequentemente, nas dependências da justiça do Trabalho de Tefé, as meninas que eram recrutadas por funcionários de confiança do juiz".

    Na terça-feira da semana passada, Branquinho prestou depoimento ao desembargador Carlos Olavo, relator do caso no TRF-1. Admitiu a autenticidade das fotos, mas disse que "as meninas, ao que sabia, eram maiores de idade". Agora, Branquinho será denunciado criminalmente pelo Ministério Público Federal.

    Enquanto isso não ocorre, ele conta com o corporativismo dos colegas de tribunal, a quem pediu autorização para se aposentar. A julgar pelo modo como os desembargadores do TRT de Manaus trataram seu caso até o momento, "Tio Branquinho" pode ficar esperançoso. "A desembargadora Luiza Maria Veiga, presidente do TRT do Amazonas, recebeu as fotos do juiz em abril - e nada fez" - conta a revista.

    A única decisão consistiu em convocar os demais desembargadores do tribunal, para discutir o assunto numa reunião extraordinária de "caráter reservado". Nesse encontro, os desembargadores limitaram-se a abrir um "procedimento interno" para investigar o caso.

    Na próxima reunião extraordinária, os senhores desembargadores do TRT-AM deveriam convidar a moradora de Tefé, aquela que expôs o juiz, ao ter a coragem de enviar as fotos do juiz pedófilo em ação. Ela poderia lembrar os magistrados amazonenses que as leis do país servem para todos.

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    Pedofilia não é doença, é crime contra crianças,tem que ser afastado da sociedade ,o melhor afastamento é a cadeia continuar lendo